Caldeira, Priscila Pereira SilvaCorrêa, Anderson Eugênio2025-11-102025-08-29https://repositorio.cefetmg.br//handle/123456789/2453No contexto dos biomateriais, as suturas absorvíveis são utilizadas na reparação tecidual por oferecerem suporte mecânico temporário durante a cicatrização pós-cirúrgica. A técnica de eletrofiação surge como uma alternativa promissora para a produção dessas suturas ao permitir a obtenção de mantas de nanofibras com morfologia semelhante à da matriz extracelular, favorecendo a regeneração tecidual. Entretanto, a conversão dessas mantas em fios contínuos e padronizados ainda enfrenta limitações, especialmente quanto à configuração dos coletores convencionais e à escolha de polímeros que conciliem resistência mecânica e biodegradabilidade controlada. Este trabalho propôs o desenvolvimento de fios de sutura a partir de blendas de policaprolactona/poli(ácido lático-co-glicólico) (PCL/PLGA), em diferentes proporções (0 a 40% de PLGA), produzidas por eletrofiação. Para isso, foram desenvolvidos um coletor em formato de disco para obtenção de filetes de nanofibras e um sistema automatizado e inovador de torção helicoidal para formação dos fios. As suturas foram caracterizadas quanto à degradação hidrolítica (60 dias) e enzimática (30 dias), além de análises morfológicas, químicas, mecânicas e térmicas. O coletor customizado, fabricado por impressão 3D, demonstrou alta precisão dimensional e permitiu a deposição uniforme das nanofibras. A incorporação crescente de PLGA nas blendas aumentou o grau de intumescimento e a taxa de degradação, com a formulação PCL/PLGA (60:40) atingindo 52,26 ± 2,15% de perda de massa em 60 dias. As análises químicas indicaram que essa perda está associada à completa degradação do PLGA nesse período. A morfologia dos fios revelou nanofibras interligadas com gotículas predominantes, que contribuíram para a redução da porosidade e aumento da resistência mecânica. A maior concentração de PLGA na blenda promoveu o aumento da resistência à tração (11,31 ± 0,41 MPa) e da rigidez (94,10 ± 9,15 MPa), em comparação às amostras de PCL puro (7,50 ± 0,31 MPa e 31,71 ± 2,20 MPa, respectivamente). As análises térmicas mostraram redução da entalpia e da temperatura de fusão com o aumento do teor de PLGA, mantendo-se, entretanto, dentro da faixa adequada para uso corporal. A formulação PLGA40 apresentou o melhor desempenho em termos de degradação e resistência mecânica, destacando-se como promissora para aplicações biomédicas.ptDesenvolvimento e caracterização de fios de sutura multifilamentares absorvíveis de blenda polimérica de PCL e PLGADissertação2025-11-10Fios de suturaEletrofiaçãoPolicaprolactonaCopolímero de ácido poliláctico e ácido poliglicólicoNanofibras