Mambrini, Raquel VieiraRibeiro, Nirvana Cecília2025-06-032025-04-04https://repositorio.cefetmg.br//handle/123456789/1602O desgaste por tribocorrosão na briquetagem é reconhecido como um problema crítico, pois reduz a vida útil das superfícies das capas de rolos das prensas empregadas na compactação do minério de ferro (MFe). Com o objetivo de avaliar a resistência à tribocorrosão de aços ferramenta candidatos à fabricação de capas de briquetagem, o AISI H13 e D2, foram realizados testes no equipamento Miller com metodologia adaptada da norma American Society for Testing and Materials (ASTM) G75. Os testes permitiram investigar o comportamento tribocorrosivo de materiais metálicos através do processo de abrasão-corrosão em polpas abrasivas, utilizando areia #100 e dois tipos de minérios de ferro (A1 e A2). Os abrasivos foram caracterizados quanto à composição química e mineralógica, resultando em 96,1% de quartzo para areia com tamanho de grão médio de 0,17mm, 99% de hematita para o abrasivo A1 e 98 % de hematita e 1% de quartzo para o A2. Os abrasivos apresentaram tamanho médio de partícula igual a 0,05 mm. Ambos os aços do estudo possuem matriz martensítica, mas diferem quanto a composição química e dureza. O aço D2 (58 HRC) apresentou microestrutura com carbetos de cromo, o que confere maior resistência ao desgaste quando comparado ao H13 (45 HRC). O comportamento tribocorrosivo foi influenciado pela composição da polpa. No tribossistema com polpa de areia #100, a taxa de desgaste foi 3 vezes maior para o aço H13, com predominância do componente de abrasão. Aços com maior dureza apresentam maior sinergismo dos fenômenos de abrasão-corrosão e no tribossistema D2-Areia #100 este fenômeno foi confirmado pela presença de corrosão nas áreas afetadas pelo desgaste abrasivo através da microscopia óptica e microscopia eletrônica de varredura. Em polpas de MFe, as taxas de desgaste foram menores, e apresentaram diferenças de 1,6 vezes entre os aços no tribossistema com polpa do abrasivo A1, e 1,8 vezes com polpa do abrasivo A2. As micrografias das superfícies de desgaste revelaram maior intensidade de corrosão no aço H13 em todos os tribossistemas estudados. Já no aço D2, a presença de corrosão foi de menor intensidade, porém, reforçou a probabilidade de ocorrência de corrosão na interface matriz-carbeto. Contudo, os resultados obtidos neste estudo indicaram que o aço D2 é um material alternativo para o aumento da vida útil das capas de briquetagem, oferecendo uma solução mais durável para aplicações que envolvem testes industriais.ptAvaliação do comportamento tribocorrosivo de dois aços ferramenta candidatos à fabricação de capas de briquetagemDissertação2025-06-03BriquetesTribocorrosãoAço - CorrosãoDesgaste abrasivo