Silva, Rogério Barbosa daMonteiro, Isabela Mendonça de Carvalho2025-03-172022-12-09https://repositorio.cefetmg.br//handle/123456789/840Este trabalho aborda a construção da memória no Diário da Peste, de Gonçalo Tavares, obra publicada virtualmente ao longo de noventa dias consecutivos – de março a junho de 2020 – e impressa em 2021 sob o título Diário da Peste – O Ano de 2020. Escrito durante o isolamento em função da pandemia de 2020, o Diário da Peste registra não apenas os dias, mas consigna, simultaneamente, pensamentos sobre a obra, sobre os acontecimentos e sobre a vida daquele que escreve. Buscou-se mostrar como esse diário, impulsionado por um acontecimento mundial, opera como uma espécie de arquivo, de memória do mundo, não se restringindo ao cotidiano de Gonçalo Tavares – como a utilização da palavra "diário" talvez leve a crer. A partir de aspectos relacionados à memória, ao documento e à vivência daquele momento, pretende-se apresentar o modo como eles aparecem e são articulados nos textos do Diário da Peste, para então aproximá-los da teoria do arquivo de Jacques Derrida, presente em Mal de arquivo: uma impressão freudiana. Tal aproximação visa a estabelecer uma ligação entre os processos de criação e arquivamento digital do Diário da Peste como fatores significativos para a produção literária. Esta proposta vincula-se à Linha IV – Edição, Linguagem e Tecnologia – do Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagens (POSLING) por almejar, com essa abordagem, proceder a uma reflexão e a um possível avanço no estudo das relações culturais e sociais que permeiam a discursividade dos processos criativos e de edição das linguagens contemporâneas.ptVaga luz da escrita: memória, documento e instinto no Diário da Peste, de Gonçalo M. TavaresDissertação2025-03-17Tavares Gonçalo M. - Diário da pesteArquivosMemóriaEscrita