Lopes, Luiz Carlos GonçalvesFernandes, Marcela Penaforte2025-04-012019-12-13https://repositorio.cefetmg.br//handle/123456789/1046Este trabalho de pesquisa propõe uma leitura do romance de Michel Laub, Diário da queda (2011), tendo como fios condutores as relações entre literatura, memória e esquecimento. O referido estudo visa identificar, a partir das contribuições de Walter Benjamin e Georges Didi-Huberman, a presença de índices materiais que ativam a memória, validando-a ,no livro, por meio do trânsito temporal por vários assuntos, contextos, vivências: pelo trauma, pelos objetos, pelos escritos, pelos sentidos. Além disso, interessa pensar nas marcas do silêncio, considerando as interações que muito comunicam mesmo sem o uso de palavras, ou seja, seria aquilo que não se dá conta de lembrar nem de esquecer. Outro aspecto relevante é o esquecimento ligado a Auschwitz, que diz respeito às vivências no campo de concentração, silenciadas, possivelmente, como estratégia de prosseguir, apesar das histórias traumáticas, e ao Alzheimer - o pai do narrador recebe este diagnóstico,e sua memória passa, então, por um processo de destruição em razão da doença. Pretende-se,por fim, evidenciar a potência da construção da narrativa e, partindo da contribuição de Friedrich Nietzsche, pensar a força plástica da memória que opera como uma outra linha de força do romance. Dessa forma, a interpretação do romance que fazemos mobiliza linhas de força que atravessam a escrita de Michel Laub, tais como: memória, imagem, fabulação, silêncio e esquecimento.ptDe costas no chão: memória e esquecimento em Diário da queda, de Michel LaubDissertação2025-04-01Laub, Michel, 1973-Memória (Filosofia)Esquecimento