Azevedo, Danielle Marra de Freitas SilvaFerreira, Claudiomar Marcelino da Silva2025-11-052025-04-28https://repositorio.cefetmg.br//handle/123456789/2450O câncer caracteriza-se como uma doença multifatorial, sendo uma das principais patologias causadoras de morte no mundo. No tratamento convencional efeitos adversos sistêmicos nos pacientes são frequentes. Diversos trabalhos têm relatado novas abordagens terapêuticas para o combate ao câncer, dentre elas, destaca-se o procedimento de hipertermia magnética (HM) utilizando nanopartículas superparamagnéticas de óxido de ferro (SPIONs). A HM é uma técnica baseada na aplicação de um campo magnético alternado (AMF) sobre as nanopartículas que dissipam o calor e induzem a apoptose em células tumorais. Em trabalhos anteriores desenvolvidos pelo nosso grupo de pesquisa foi realizada a caracterização físico-química das nanopartículas de óxido de ferro obtidas a partir do reaproveitamento de resíduos de mineração de ilmenita. O presente trabalho teve como objetivo realizar a caracterização biológica in vitro das nanopartículas de óxido de ferro de origem natural para potencial aplicação no tratamento de câncer. Para isso foi construído um dispositivo de indução de HM de baixo custo. Os parâmetros de AMF utilizados foram: intensidade de 60 Oe, frequência de 279 kHz, tempo de exposição de 30, 60 e 90 segundos e concentração de nanopartículas de 2,5 e 5,0 mg/mL. A eficiência do aquecimento durante a HM foi aferida por meio da Taxa de Absorção Específica (SAR). A viabilidade celular foi avaliada pelo ensaio de exclusão de Azul de Tripan. Todos os experimentos foram realizados em triplicata e os valores expressos como média ± desvio padrão. A normalidade dos dados foi aferida pelo Teste de Shapiro-Wilk. Em seguida, foram realizados os Testes Anova One Way e Tukey para verificar a diferença significativa entre as médias dos grupos. Os resultados indicam que as nanopartículas foram eficientemente esterilizadas com radiação ultravioleta e não são citotóxicas. As nanopartículas de óxido de ferro de origem natural quando submetidas ao AFM são capazes de gerar HM. Além disso, os valores de SAR obtidos estão na faixa de 50 a 200 w/g e, nas duas concentrações de nanopartículas estudadas, após 30 segundos de aplicação de AMF, o valor de SAR observado é maior que o valor de SAR das SPIONs utilizadas clinicamente. A HM gerada pelas nanopartículas induz a morte seletiva de células de câncer de mama humano, mas não afeta a viabilidade de células Vero, uma célula não-tumoral. Esses resultados sugerem que as nanopartículas de óxido de ferro de origem natural exibem um comportamento similar às SPIONs sintéticas e apresentam potencial aplicação no tratamento do câncer.ptCaracterização biológica de nanopartículas superparamagnéticas de óxido de ferro (SPIONs) de origem natural para potencial uso no tratamento de neoplasiaDissertação2025-11-05Câncer - TratamentoNanopartículasÓxidos de ferroSuperparamagnetismoHipertermia por Nanopartículas MagnéticasHipertermia Magnética