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Abordagem DEA para medir a eficiência das instituições pertencentes à Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica
(Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, 2021-12-10) Silva, Thiago Henrique Oliveira; Sá, Elisangela Martins de; http://lattes.cnpq.br/4686246805500174; http://lattes.cnpq.br/0219796880540038; Sá, Elisangela Martins de; Paiva, Felipe Dias; Campos, Magno Silvério
A Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (RFEPCT) tem abrangência nacional e é composta por 64 instituições, dentre elas, as Escolas Técnicas Vinculadas, os Institutos Federais de Educação, os Centros Federais de Educação e o Colégio Pedro II. A RFEPCT oferece ensino nas mais diversas modalidades, de forma gratuita e acessível a toda a sociedade. Nesse sentido, a fim de manter esse ensino acessível e com qualidade a todas as regiões em que a RFEPCT está presente, nota-se um interesse cada vez maior por parte da administração pública de medir a eficiência das suas unidades vinculadas. Dessa maneira, esta pesquisa teve por objetivo propor uma abordagem objetiva utilizando-se da Análise de Componentes Principais (ACP) para a seleção das variáveis de entrada e saída e da Análise Envoltória de Dados (DEA) para medir a eficiência da RFEPCT na perspectiva dos indicadores educacionais da Plataforma Nilo Peçanha (PNP), do Índice de Governança e Gestão (IGG) e do Índice Geral de Curso (IGC) das instituições de ensino vinculadas a RFEPCT. Cabe destacar a possibilidade de utilização dos resultados aqui postulados para apoio na tomada de decisão dos gestores a nível estratégico e tático tais como reitores, pró reitores, diretores gerais e demais diretores sistêmicos das instituições vinculadas à RFEPCT. Em relação aos métodos utilizados, esta pesquisa foi aplicada, uma vez que propôs uma abordagem objetiva sobre uma problemática real no âmbito educacional. Ademais, a mesma foi quantitativa uma vez que mensurou de forma numérica a eficiência das unidades vinculadas a RFEPCT. No tocante aos fins, esta pesquisa foi descritiva, pois buscou identificar, registrar e analisar as características do objeto estudado. Como meio, foi feito uma pesquisa documental acerca dos dados provenientes do indicador do Tribunal de Contas da União (TCU) denominado IGG, do IGC do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) e dos indicadores educacionais presentes na PNP oriundos do Ministério da Educação (MEC). A partir dos resultados foi possível selecionar variáveis com alta capacidade explicativa, não redundantes e que contemplasse áreas importantes a serem monitoradas na educação como recursos orçamentários, qualidade dos cursos, governança e gestão. Além disso, a partir da mensuração da eficiência foi possível apontar o IFRN como a única Unidade Tomadora de Decisão (UTD) eficiente e principal referência no que tange a adoção de boas práticas de eficiência. Ademais, a partir de uma perspectiva regionalizada, verificou-se que as UTDs localizadas nas regiões sudeste e sul foram as que obtiveram as melhores posições no ranqueamento. Em contrapartida, de maneira geral, as regiões norte, nordeste e centro-oeste não obtiveram bons resultados de eficiência. Uma atenção maior se dá para as UTDs localizadas na região norte, principalmente em virtude dos resultados alcançados nos indicadores e devido a dispersão geográfica a ser atendida pelas UTDs. Destarte, após a comparação do ranqueamento proposto nessa abordagem com o Índice de eficiência acadêmica (IEA), foi possível verificar diferenças significas nas posições alcançadas pelas UTDs, validando a DEA como uma técnica mais completa, robusta e com maior confiabilidade no que tange ao ranqueamento das UTDs vinculadas a RFEPCT, podendo inclusive ser inserida na PNP para auxiliar na tomada de decisão dos gestores educacionais. Além disso, recomenda-se a não utilização do IEA como critério para ranqueamento ou a adoção da DEA para tal objetivo.
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A lei de cotas no ensino superior sob a luz do institucionalismo: processo decisório de uma universidade mineira
(Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, 2021-09-23) Silva, Fernanda Costa; Assis, Lilian Bambirra de; http://lattes.cnpq.br/9916478387903774; http://lattes.cnpq.br/0133074650808894; Assis, Lilian Bambirra de; Araújo, Uajará Pessoa; Cruz, Marcus Vinicius Gonçalves da
O objetivo principal desta pesquisa consiste em compreender os fatores que influenciaram o processo decisório de uma universidade mineira na implementação da Lei de Cotas. Esse instrumento legal, instituído em 2012, assegura aos alunos que tenham cursado o ensino médio em escolas públicas, aos autodeclarados pretos e pardos, aos indígenas e às pessoas com deficiência reserva de vagas nas Instituições Federais de Ensino Superior (IFES). A Lei de Cotas alterou o formato institucional meritocrático de ingresso ao ensino e passou a “promover a democratização” no acesso às universidades federais (SOUSA; NASCIMENTO, 2019, p. 774). A base teórica desta dissertação fundamenta-se na Teoria Institucional Sociológica, com destaque para os elementos do ambiente institucional, os aspectos cultural-cognitivos, a legitimidade e o processo decisório na perspectiva institucional. No tópico “Lei de Cotas”, apoiou-se nas políticas públicas, evidenciando os agentes implementadores. Os principais componentes do referencial teórico foram agrupados em um esquema de referência conceitual, que configurou a condução da fase empírica desta pesquisa, de natureza qualitativa e descritiva. Adotou-se como método o estudo de caso, cujo lócus de análise foi a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em um recorte delimitado entre 2012 e 2020. A coleta de dados envolveu dois momentos: a análise documental e a realização de dez entrevistas com gestores universitários que ocupam ou ocuparam cargos na universidade, no âmbito do recorte proposto. Para a análise dos dados, eles foram submetidos à análise de conteúdo, categorizados de forma alinhada com o esquema de referência conceitual, para, então, apresentar os resultados. Constatou-se que o ambiente institucional da UFMG incorporou regulamentações muito importantes, as quais proporcionaram profundas adaptações organizacionais, o que possibilitou que a implementação da Lei de Cotas transcorresse de forma estruturada. No processo decisório para a implementação, a UFMG adotou normativas em um panorama cultural-cognitivo prevalecente favorável à incorporação do mecanismo. O processo de adaptação organizacional às mudanças institucionais ainda transcorre. Ou seja, a institucionalização permanece dinâmica no tocante à compreensão do contexto social dos cotistas e à inclusão das pessoas com deficiência, não obstante as intercorrências ocasionadas pela pandemia. Em relação às contribuições desta pesquisa, a principal engloba o benefício social, pois irá compor a academia e proporcionar novas percepções no que diz respeito ao processo decisório universitário na implementação de elementos regulativos. Também, possibilitou a incorporação da perspectiva institucional na análise organizacional como uma proposta pertinente para explorar aspectos macro e micro em conjunto.
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Transporte, política pública e mobilidade urbana: desafios da avaliação da implantação de faixa exclusiva de ônibus
(Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, 2021-09-20) Eleutério, Sofia Chaves Cardoso; Oliveira, Renata Lúcia Magalhães de; http://lattes.cnpq.br/2642488704355833; http://lattes.cnpq.br/1046932577696821; Oliveira, Renata Lúcia Magalhães de; Assis, Lilian Bambirra de; Lessa, Daniela Antunes
Atualmente, ações de priorização do transporte público coletivo em detrimento do individual vem sendo objeto de decisões da Administração Pública a fim de atrair, recuperar e/ou fidelizar os usuários desse modo. Por sua vez, a implantação de faixas exclusivas de ônibus é um exemplo dessa política pública de priorização, uma vez que a partir delas busca-se o aumento da velocidade operacional do ônibus, a diminuição dos tempos de viagem e melhoria na qualidade. No entanto, a avaliação de uma política pública é parte integrante da estrutura de tomada de decisão. Nesse sentido, o presente trabalho tem como objetivo explorar os dados públicos e abertos do município de Belo Horizonte visando discutir os desafios da avaliação da implantação de faixas exclusivas de ônibus como diretriz para melhoria da mobilidade na cidade. Para o alcance desse objetivo, foi necessário estabelecer um referencial teórico que sustentasse conceitualmente a pesquisa sobre o processo de tomada de decisão na Administração Pública, o sistema de transporte público coletivo por ônibus e a implantação das faixas exclusivas. Para o percurso metodológico, optou-se por explorar os dados públicos e abertos de contagem volumétrica de veículos obtidos na BHTRANS. Os resultados direcionam-se para a discussão da dificuldade da Administração Pública em olhar para política pública como instrumento de tomada de decisão, uma vez que se concluiu que são vários os fatores que influenciam na avaliação da implantação de faixas exclusivas de ônibus.
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A precificação da sustentabilidade no mercado brasileiro: uma análise das empresas listadas na [𝐵]3 com o uso do modelo de 5 fatores de Fama e French controlado
(Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, 2021-09-17) Nunes, Adriana Gontijo; Cardoso, Rodrigo Tomás Nogueira; Raad, Lucélia Viviane Vaz; http://lattes.cnpq.br/6056715886520542; http://lattes.cnpq.br/5174842920583671; http://lattes.cnpq.br/2717891215990098; Cardoso, Rodrigo Tomás Nogueira; Raad, Lucélia Viviane Vaz; Paiva, Felipe Dias; Cavalcanti, Joyce Mariella Medeiros
A sustentabilidade empresarial é um argumento pungente na sociedade, sendo que o desenvolvimento sustentável incorpora os critérios sociais e econômicos ao tema. A empresa, ao decidir pela listagem no índice de sustentabilidade empresarial, alterará seu posicionamento estratégico e de investimento. Essa mudança pode comprometer sua liquidez, bem como a sua lucratividade, em busca de ganhos futuros. O objetivo desse trabalho foi analisar se a adição do fator de sustentabilidade ao modelo de 5 fatores de Fama e French auxilia na compreensão da explicação dos retornos de empresas listadas no ISE. Para isso, criou-se um modelo quantitativo que permite às empresas decidirem pela listagem no índice. Partiu-se do modelo de 5 fatores de Fama e French para propor um novo fator que capture os efeitos da sustentabilidade na precificação dos retornos das empresas brasileiras. Foram realizadas as regressões de dois passos, como proposto por Fama e Macbeth (1973), para a estimação dos modelos de Sustentabilidade e o de 5 fatores. As variáveis explicativas são: mercado, tamanho, valor de mercado/book-to-market, lucratividade, investimento e ISE. Os testes aplicados foram os mesmos propostos por Fama e French (2015). Os testes estatísticos apresentaram estatísticas significativas para os portfólios construídos com base na lucratividade, indicando que esta pode ser uma característica importante para a decisão das empresas para serem listadas no ISE.
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Desempenho tribocorrosivo do aço carbono e inoxidável para aplicação no setor de concreto
(Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, 2025-09-12) Quintão, Heine Stuart Moura; Meireles, Leonel Muniz; Luiz, Valmir Dias; Labiapari, Wilian da Silva; http://lattes.cnpq.br/0153998481924100; http://lattes.cnpq.br/7359937954183225; http://lattes.cnpq.br/1163431376059357; http://lattes.cnpq.br/9103978766334990; Silva Neto, Almir; Oliveira, Fernando Castro de
A construção civil é um dos principais segmentos da indústria nacional, devido ao seu impacto social e econômico. Notoriamente, o equipamento mais utilizado para misturar os materiais constituintes do concreto (areia, cimento, água e brita) é a betoneira planetária. Neste contexto, esta pesquisa visou estudar os fenômenos tribocorrosivos que ocorrem dentro deste tipo de betoneira, bem como analisar o desempenho de diferentes tipos de aços utilizados na fabricação de equipamentos do setor de construção civil. Testou simultaneamente, comparou e analisou o desempenho de dois aços carbono (ASTM A36 e AHSS) e dois aços inoxidáveis (AISI 410 e o ASTM 240M). Constatou-se que os aços inoxidáveis foram mais resistentes à tribocorrosão, liderado pelo ASTM 240M e seguido pelo AISI 410. O AHSS foi o terceiro melhor no experimento tribocorrosivo, confirmando que a resistência a corrosão tem mais relevância neste ambiente tribocorrosivo e a dureza superficial como segunda característica mais importante. O aço ASTM A36, o mais usado na fabricação de betoneira, foi o que sofreu maior desgaste nos experimentos, pois é muito susceptível a corrosão pela água e tem menor resistência ao desgaste do que os demais aços testados. Comparativamente o experimento a seco foi realizado, usando os mesmos parâmetros do equipamento e tipos de aço do experimento úmido, exceto por não ter a água na mistura. O resultado do experimento a seco teve o AHSS como o menos desgastado, seguido pelo ASTM 240M, AISI 410 e por último ASTM A36. Constatou-se que a dureza superficial foi determinante na resistência ao desgaste a seco. Importante ressaltar que o desgaste a seco foi inferior ao desgaste em ambiente úmido para todos os materiais. Assim foi comprovado a sinergia da corrosão com o desgaste neste sistema tribocorrosivo, pois um intensificou o outro, gerando uma maior redução de espessura.