Navegando por Autor "Maia, Marcos"
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Item Edição televisiva: análise discursiva de estratégias de uma mídia feminista(Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, 2019-08-23) Maia, Marcos; David, Giani; http://lattes.cnpq.br/8863282319980625; http://lattes.cnpq.br/7513085988579111; Mendes, Simone de Paula dos Santos; Arão, Lílian Aparecida; Parreiras, Vicente AguimarEste estudo apresenta uma análise discursiva sobre as estratégias de edição de um programa feminista, partindo da produção do "Programa Mulhere-se", da "Rede Minas de TV", uma TV pública do Estado de Minas Gerais. Foi proposto um estudo de caso sobre um episódio representativo do programa, que aborda o manifesto "Uma por minuto" em que seis entrevistadas, se revezam em declarações a respeito do assunto, construindo, portanto, as projeções etóticas e seus imaginários nas falas. Nos interessa entender também o modo de organização discursiva do episódio, conforme o tratamento dado pela edição. Para entendermos as escolhas e estratégias de edição, vamos analisar, com as mesmas categorias de análise, o material bruto referente ao episódio em questão. Partimos do referencial teórico e metodológico da análise de discurso, a partir da Semiolinguística de Charaudeau (2010), de onde selecionamos como principais categorias de análise, os imaginários sociodiscursivos e os modos de organização discursiva, além da categoria do ethos, a partir de Maingueneau (2014). Buscamos entender as diferenças marcantes entre o material bruto e o material editado para encontrar pistas sobre alinhamento ideológico ou as possíveis identificações feministas, pois o Programa Mulhere-se, conforme divulgação, considera-se o primeiro programa feminista do Brasil. Sendo os feminismos, múltiplos e diversificados, possuindo diversas correntes de pensamento e práticas, qual a imagem de feminismo e de feminista que é projetada por essa mídia feminista? Para nos aproximarmos da resposta, analisamos tanto as falas das entrevistadas, quanto o enredamento dado no episódio editado. Ao buscar entender se o discurso do programa abarca a multiplicidade de representações e vozes, chegamos à conclusão de que há uma tendência a alguns feminismos específicos e de que se evitam outros, assim como podemos perceber que as crenças, experiências e saberes são mobilizados de forma a legitimar certas falas e a construir um argumento. Além do referencial teórico e metodológico, abordamos também o conhecimento produzido sobre os feminismos, sobre televisão e sobre os processos de edição televisiva.