Navegando por Autor "Mota, Lorena Cachuit Cardoso"
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Item Níveis de pressão sonora na área central de Belo Horizonte, MG(Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, 2021-08-16) Mota, Lorena Cachuit Cardoso; Hirashima, Simone Queiroz da Silveira; http://lattes.cnpq.br/3537026574860062; Simone Queiroz da Silveira Hirashima; Hersília de Andrade e Santos; Stelamaris Rolla Bertoli; Elcione Maria Lobato de MoraesOs níveis de pressão sonora em centros urbanos estão relacionados, principalmente, à realização de atividades antrópicas. O tráfego de veículos, o comércio, o trânsito de pedestres, as obras de engenharia e as crianças em escolas são algumas das fontes sonoras que contribuem para a construção do ambiente sonoro urbano. A população, imersa nesses ambientes e exposta a elevados níveis, pode estar sujeita a transtornos na saúde e efeitos negativos na qualidade de vida, desencadeando, por exemplo, distúrbios do sono, efeitos auditivos e doenças cardiovasculares. Uma das formas de identificar e avaliar essa exposição é por meio de mapas que apresentam as curvas isofônicas do local. Utilizando essa ferramenta, este trabalho revela graficamente os níveis sonoros na região central de Belo Horizonte, durante o período diurno. Para atingir o objetivo proposto, o software Predictor foi empregado para simular a situação acústica na área de estudo, considerando a configuração física do local e os níveis de pressão sonora identificados com um sonômetro. Ao todo foram 89 medições realizadas nos anos de 2020 e 2021, em 72 pontos distintos, de acordo com os procedimentos estabelecidos na NBR 10151:2019. Durante 15 minutos o equipamento coletou o nível de pressão sonora contínuo equivalente ponderada em A e, de forma simultânea, a equipe contabilizou o fluxo veicular de forma categorizada. Essas medições permitiram avaliar quantitativamente os níveis sonoros e correlacioná-los com as propriedades do entorno e com os emissores, além de validar e calibrar o modelo gerado no Predictor. Três cenários foram considerados para gerar o mapa acústico: altura de 1,3m do solo e o tráfego de veículos como fonte sonora; altura de 4,0m do solo e o tráfego de veículos como fonte sonora; e altura de 4,0m do solo considerando todas as fontes sonoras identificadas durante as medições. Os resultados demonstram que os níveis sonoros sofrem influência do número de veículos que circulam pela via, mas que essa constatação não pode ser generalizada para todos os pontos analisados, já que outras fontes podem também prevalecer no campo acústico. O mapa sonoro permitiu a identificação dos locais onde os níveis sonoros excedem os limites estabelecidos pelas regulamentações vigentes. Em 30,5% dos pontos aferidos os níveis excederam o limite estipulado pela legislação municipal. Essa porcentagem sobe para 91,7% se for considerado o limite sonoro (RLAeq) da norma brasileira. Isto demonstra a maior permissividade da Lei Municipal nº 9.505, quando comparada à NBR 10151:2019. Conclui-se que a simulação acústica auxilia na visualização espacial dos níveis sonoros, podendo subsidiar a propositura de planos de ação que visem reduzir ou controlar a poluição sonora, favorecendo, desta forma, a construção de um ambiente sonoro de melhor qualidade acústica.