Navegando por Autor "Pacheco, Juliana Azevedo"
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Item Narrativas autobiográficas de trabalhadores terceirizados: histórias de educação e trabalho(Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, 2022-12-12) Pacheco, Juliana Azevedo; Costa, Maria Adélia da; Caeiro, Mariana de Lima; http://lattes.cnpq.br/6847041369822617; http://lattes.cnpq.br/9187464228520381; Maria Adélia da Costa; Mariana de Lima Caeiro; Mariana Jafet Cestari; Ludmila de Vasconcelos Machado Guimarães; Claudio Humberto LessaEsta pesquisa de mestrado tem como objetivo analisar as narrativas autobiográficas, publicadas no livro Narrativas de vida dos trabalhadores terceirizados do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG). Tal livro é o resultado do primeiro ano do programa de extensão A escrita de si como instrumento de visibilidade para os trabalhadores terceirizados do CEFET-MG, e conta com 34 narrativas autobiográficas de trabalhadores terceirizados do campus Nova Suissa (NS), em Belo Horizonte. O projeto que deu origem ao livro analisado centra-se em práticas de letramento crítico, por meio de narrativas de vida de trabalhadoras e trabalhadores terceirizados que atuam na área de limpeza e serviços gerais desta instituição. Ao deparar com a produção textual autobiográfica destes trabalhadores foi possível evidenciar questões relacionadas à raça, gênero e classe, que se apresentam na tessitura de seus textos. Tal situação, aliada à própria vivência institucional desta pesquisadora que, há 16 anos, atua como técnica administrativa no CEFET-MG, motivou-a empreender esta pesquisa. As análises foram realizadas à luz dos teóricos da Educação, do Trabalho, da Sociologia e da Ciência das mulheres negras1 e se deu por meio de três fatores relacionais que ancoram e categorizam o corpus teórico-metodológico desta dissertação. A saber: i). contexto social, ii). trajetória escolar; e iii). trajetória laboral. Primeiramente, elaborou-se um quadro com informações pessoais para compreender o perfil dos narradores do livro analisado. Feito isso, foram analisados trechos relacionados ao contexto social desses sujeitos. Em sequência, foram analisados os trechos em que os alunos mencionam suas experiências educacionais, seguido pela análise das narrativas referentes ao percurso laboral. Por fim, foram destacados trechos que citam o programa Escrita de Si, relacionando-os às possibilidades de reinscrição da existência em um novo projeto de vida. Foi possível constatar marcadores sociais que permeiam suas construções identitárias e, de alguma forma, são condicionantes importantes de seus percursos de vida. A educação se faz presente como um direito social negado. O trabalho passa a ocupar centralidade na vida destes sujeitos como forma de sobrevivência. O caminho trilhado pelos narradores é atravessado por diversas opressões estruturais que impossibilitaram, muitas vezes, o ingresso e a permanência escolar. A inserção desses sujeitos em práticas de educação não formal, se torna uma importante forma de possibilitar o questionamento do mundo e as circunstâncias que o cercam para que sejam capazes de compreendê-lo e contribuir para transformá-lo.