Navegando por Autor "Xavier, Yalles Rafael"
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Item O narrar-se nos livros-diários de Carolina Maria de Jesus: análise discursiva em Quarto de despejo e Casa de alvenaria(Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, 2023-12-15) Xavier, Yalles Rafael; Baptista, Patrícia Rodrigues Tanuri; http://lattes.cnpq.br/9315388430014494; http://lattes.cnpq.br/1541177509786908; Baptista, Patrícia Rodrigues Tanuri; Souza, Kariny Cristina de; Cestari, Mariana JafetEsta pesquisa tem como objetivo analisar, discursivamente, Quarto de Despejo: diário de uma favelada (2000 [1961]) e Casa de Alvenaria: diário de uma ex-favelada (1961) de Carolina Maria de Jesus, buscando identificar, por meio sequências discursivas, efeitos de sentido sobre "subalternidade" e sobre "esperança" que emanam desses livros-diários, considerando a condição de produção desses escritos. Atrelado a narrativas de vida, esta dissertação buscou ainda investigar como o sujeito discursivo caroliniano discorre, principalmente, sobre si mesmo, engendrando o narrar-se dessas obras. Como aporte teórico, escolheu-se a Análise de Discurso francesa materialista, com base no referencial teórico-metodológico de Michel Pêcheux (1997a, 1997b, 2014, 2015) e Orlandi (2006, 2015), considerando, neste estudo, a relação do sujeito com a língua, com a história e com a ideologia. Trata-se de uma pesquisa de natureza básica, bibliográfica, com orientação exploratória. Para compor este corpus, escolheram-se sequências discursivas, obtidas por meio de recorte e seleção de trechos de Quarto de Despejo (2000 [1960]) e de Casa de Alvenaria (1961), de modo a compreender como os efeitos de sentido de subalternidade e de esperança estão presentes nos discursos de Carolina e como isso serve de base para que o sujeito discursivo e o sujeito-narrador construam o narrarse. As análises indicaram que os discursos presentes neste trabalho puderam ser inseridos dentro da concepção de "subalternidade" e de "esperança", efeitos de sentido encontrados na narrativa caroliniana, e que os discursos não se prendem em sua literariedade, mas provêm de diferentes posições assumidas, essas tomadas de acordo com suas formações discursivas, dependendo de fatores externos à língua.