Adição de grafeno a argamassas geopoliméricas desenvolvidas a partir de resíduo de mineração do potássio

Imagem de Miniatura

Data

2020-02-17

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais

Resumo

As organizações contemporâneas demonstram um interesse crescente na reutilização de resíduos sólidos oriundos de processos industriais com a intenção de reduzir impactos ambientais e minimizar gastos. Em paralelo, os materiais geopoliméricos produzidos a partir de rejeitos vêm ganhando destaque em estudos que o colocam como possível substituto de materiais de construção convencionais. Este trabalho teve por finalidade avaliar a potencialidade do uso de resíduo da mineração de feldspato potássico como matéria-prima para a síntese de materiais geopoliméricos com possível aplicação como estruturas auxiliares de pavimentação. Ademais, alinhando-se com as tendências tecnológicas mais recentes, avaliouse a adição de grafeno como um reforço nanoestruturado para o geopolímero. Inicialmente foram estudados três tipos diferentes de resíduos da extração do feldspato: resíduo cinza, resíduo amarelo e resíduo misto. Os mesmos foram caracterizados por Difração de Raios X (DRX), Fluorescência de Raios X (EDX), análise do tamanho de partículas por granulometria a laser, e Espectroscopia por dispersão de energia (EDS). A partir desses ensaios preliminares, o resíduo cinza se mostrou mais promissor para a geopolimerização e foi utilizado para a confecção de corpos de prova geopoliméricos. O grafeno empregado foi caracterizado com o objetivo de averiguar sua qualidade e seu potencial como reforço estrutural para o geopolímero, utilizando as técnicas: análise termogravimétrica (TGA), Difração de Raios X (DRX), espectroscopia RAMAN e Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV). Posteriormente, corpos de prova foram confeccionados com quatro proporções de grafeno e caracterizados por Resistência à Compressão, Difração de Raios X (DRX) e Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV). Foram utilizadas as seguintes proporções em massa: amostra referência (0G), amostra com 0,1% de grafeno (0.1G); 0,3% de grafeno (0.3G) e 0,5% de grafeno (0.5G). O DRX comprovou a ocorrência de geopolimerização do resíduo por meio do surgimento de uma fase pseudo-zeolítica nos corpos de prova e também pela queda da intensidade do pico principal, que mostra a formação da fase gel. A adição de grafeno no material promoveu elevações em sua resistência à compressão. A concentração de 0,5% proporcionou 65% de aumento em relação à amostra referência. Conclui-se, portanto, que com os valores de resistência mecânica alcançados, o resíduo estudado pode ser aplicado como argamassa em estruturas auxiliares de pavimentação por meio da técnica de geopolimerização e que o grafeno pode ser utilizado para promover elevações na resistência mecânica do material produzido.

Descrição

Palavras-chave

Reaproveitamento (Sobras, refugos, etc.), Resíduos industriais, Grafeno

Citação