Determinação das propriedades mecânicas das ligações viga-pilar com chapas de extremidade estendida visando à análise pelo método dos componentes
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Data
2017-08-24
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Editor
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais
Resumo
Tradicionalmente, o comportamento das ligações é idealizado como rígido ou rotulado
para facilitar a análise e o dimensionamento estrutural. Contudo, a maioria das ligações
metálicas apresenta comportamento do tipo semirrígido, situado entre esses dois casos
extremos. O conhecimento do comportamento real das ligações viga-pilar proporciona o
estabelecimento de novas recomendações de projeto para a determinação das suas
propriedades mecânicas e, consequentemente, o desenvolvimento de procedimentos de
projeto de estruturas que considerem essa hipótese. As ligações entre vigas e pilares têm
grande influência no comportamento global das estruturas, seja com relação à rigidez, à
resistência ou à estabilidade. A incorporação dessas ligações na análise estrutural exige
uma representação de curvas momento-rotação relativa, capaz de descrever o seu
comportamento mediante a ação de esforços solicitantes, principalmente a transmissão
de momento fletor. Este trabalho tem como objetivo o estudo do comportamento
semirrígido de ligações viga-pilar, a partir do modelo mecânico via Método dos
Componentes, presente no EN 1993 1 8: 2005, visando à determinação da curva
momento x rotação relativa em função dos parâmetros de rigidez, resistência e
capacidade rotacional de ligações parafusadas com chapa de extremidade estendida e
enrijecedores transversais na alma do pilar. Procedimentos de análises para avaliação
desses parâmetros também são apresentados utilizando os critérios da
ABNT NBR 8800: 2008 complementada, quando necessário, por normas e
recomendações, nacionais e/ou internacionais. Constata-se que, a norma brasileira
proporciona um dimensionamento mais conservador da ligação em comparação com os
resultados obtidos pela norma europeia. Finalmente, um exemplo numérico de um pórtico
plano com ligação viga-pilar com chapa de extremidade estendida e enrijecedores
transversais na alma do pilar, variando-se apenas a espessura da chapa, é analisado,
visando avaliar a influência do comportamento dessas ligações na distribuição dos
esforços solicitantes nos elementos estruturais, nos deslocamentos nodais e na
estabilidade global da estrutura. Conclui-se que, embora seja comum entre projetistas
considerar as ligações com chapas de extremidade estendida como rígidas, a resposta
estrutural dessas ligações pode ser bem diferente do comportamento idealizado.
Descrição
Palavras-chave
Análise estrutural (Engenharia), Ligações estruturais, Aço - Estruturas