Programa de Pós Graduação em Educação Tecnológica - PPGET
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Navegando Programa de Pós Graduação em Educação Tecnológica - PPGET por Autor "Alves, Antônio José Lopes"
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Item Avaliação da aprendizagem na educação profissional técnica de nível médio: diálogos com a formação humana integral(Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, 2018-08-21) Rodrigues, Ione Aparecida Neto; Silva, Sabina Maura; http://lattes.cnpq.br/3871655013250129; http://lattes.cnpq.br/0400133620161403; Silva, Sabina Maura; Costa, Maria Adélia da; Alves, Antônio José LopesEste estudo de caso teve como objetivo compreender as práticas de avaliação da aprendizagem dos professores da Educação Profissional Técnica de Nível Médio e sua articulação com as prescrições legais contidas nas Diretrizes Curriculares Nacionais para este nível de ensino, com vistas à formação humana integral, entendida como a que diz respeito ao desenvolvimento dos indivíduos em todas as suas potencialidades, por meio de um processo educacional que considere a formação científica, tecnológica e humanística, política e estética, com vistas à emancipação das pessoas. A opção teórico-metodológica feita para a realização da pesquisa é de enfoque qualitativo. Utilizou-se para coleta de dados: análise documental do Plano de Desenvolvimento Institucional, Projetos Pedagógicos dos Cursos, Planos de Cursos, questionários e entrevistas aplicados aos docentes e coordenadores da escola participante da pesquisa. Elegeu-se, para o tratamento dos dados, a análise de conteúdo, conforme proposto por Bardin (2009). No referencial teórico percorreu-se quatro gerações de avaliação, conforme proposto por Guba e Lincoln (2011), apresentando seus aspectos conceituais, metodológicos e técnicos. A primeira geração, sob a hegemonia da mensuração, avalia o educando quanto ao seu rendimento ou desempenho; a segunda prioriza o processo de ensino-aprendizagem sob uma abordagem focada em objetivos, porém valorizando aspectos descritivos e qualitativos da avaliação; a terceira enfatiza sua atenção aos currículos e aos programas propriamente ditos e baseou-se em julgamento de valor via critérios do objeto avaliado. A quarta geração, enfatiza a avaliação institucional e de sistemas educacionais, também por julgamento de valor, porém via negociação entre os participantes para que tenha o envolvimento necessário. Percebeu-se através da análise documental que a concepção de avaliação presente nos programas de ensino da instituição pesquisada está em compatível com os documentos legais, ou seja, a proposição de uma prática avaliativa, diagnóstica, formativa, somativa e processual durante todo o percurso escolar. Percebeu-se, ainda, nos planos de ensino e nas respostas dos participantes, a indicação de uma grande variedade de instrumentos de avaliação. Comprovou-se que a maioria dos docentes participantes desse estudo de caso superaram a concepção da 1ª geração da avaliação, cuja ênfase está na mensuração de atitudes, de comportamento e de rendimento, ou seja, avançaram de uma acepção técnica para uma acepção operacional da avaliação como ato de diagnosticar e intervir. Constatou-se que a concepção de avaliação numa dimensão formativa, com preponderância da 2ª e 3ª gerações do campo teórico da avaliação da aprendizagem. Comprovou-se nessa pesquisa que para se obter resultados positivos da avaliação da aprendizagem é necessário buscar seu caráter formativo. Finalizamos, considerando a formação integral como um direito básico e para que isso ocorra é fundamental e necessário repensar e reconstruir as práticas avaliativas, de modo que elas dialoguem e considerem as funções a que se destinam, para garantir o processo formativo.Item Por uma tecnoética: Hans Jonas e o princípio responsabilidade(Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, 2018-08-28) Oliveira, Rita de Cássia Matiusso de; Silva, Sabina Maura; http://lattes.cnpq.br/3871655013250129; http://lattes.cnpq.br/4341705785273244; Silva, Sabina Maura; Abrahão, Luiz Henrique de Lacerda; Alves, Antônio José LopesEsta pesquisa teve por objetivo expor as concepções que fundamentam a obra do filósofo alemão Hans Jonas à luz do livro Princípio Responsabilidade: ensaio de uma ética para a civilização tecnológica. Jonas se vale argumentativamente da figura mitológica de Prometeu para caracterizar o homem advindo da civilização técnico-industrial, para o qual o fazer técnico configura-se como elemento inerente à sua própria existência - ―Prometeu está definitivamente desacorrentado‖. Conforme Jonas, o homem moderno não encontra limites para sua ação. As ações humanas, ao seu ver, são potencializadas pelo conhecimento proveniente da ciência, uma vez mobilizado na técnica moderna. Nesse sentido, Jonas sustenta que a técnica moderna dá ao homem poderes até então não conhecidos por ele e, assim, permite-lhe colocar em risco o equilíbrio da natureza e de sua própria existência. Nesses termos, Jonas confere à técnica moderna a capacidade de produzir um sistema tão poderoso, no qual o homem passa a viver em função dela, pondo-a como fim em si e não mais como instrumento que possa prover o seu bem-estar. Por conseguinte, o homem passar a ser o objeto da técnica moderna e esta se constitui como sujeito. Sobremaneira, o avanço da ciência e da tecnologia e de todas as conquistas provenientes do uso delas podem se converter em ameaça às espécies vivas, e não somente humana, aos ecossistemas e à biosfera. A tecnologia gera, assim, risco em relação ao futuro da humanidade. Posto isso, Jonas constrói a propositura da necessidade de refundação de uma ética a qual responda às especificidades da civilização tecnológica. Desse modo, Jonas idealiza um novo paradigma ético cujo princípio é a responsabilidade. Isto posto, esse novo princípio deve estar para além das relações do momento presente e interpessoais, típicas da ética tradicional, ou seja, esse novo princípio precisa ser responsável para com as gerações futuras e para com a natureza e inclui-las como objetos da nova ética. Neste contexto, diante do futuro da humanidade ameaçado pela força da técnica moderna, Jonas, adverte quanto à necessidade de se colocar freios voluntários nos avanços tecnológicos, é preciso, pois, um ‗poder sobre o poder‘. É neste cenário de ameaça apocalíptica que o filósofo credencia o medo do extermínio, não somente da humanidade, mas de todo o planeta, como método dessa nova ética. Pois, de acordo com Jonas, é diante do prognóstico de um futuro de incertezas quanto à sua própria existência, a possibilidade da extinção não somente da humanidade, mas de todo o planeta que freará o progresso tecnológico. Portanto, ante à perspectiva do medo, o homem há de despertar um sentimento coletivo de responsabilidade e acrescenta Jonas, de temor. É a previsibilidade do perigo, o reconhecimento do malum, que funcionará como bússola para o despertar de uma ética do respeito, a ética do Princípio Responsabilidade.