Sexismo às avessas?: professores homens na educação infantil na rede pública municipal de educação de belo horizonte
dc.contributor.advisor | Gonçalves, Raquel Quirino | |
dc.contributor.advisorLattes | http://lattes.cnpq.br/3286747885641896 | |
dc.contributor.author | Bahia, Rodrigo Zola | |
dc.contributor.referee1 | Raquel Quirino Gonçalves | |
dc.contributor.referee2 | Joaquim Ramos | |
dc.contributor.referee3 | Alexandre Gomes Soares | |
dc.date.accessioned | 2023-09-25T13:19:32Z | |
dc.date.available | 2023-09-25T13:19:32Z | |
dc.date.issued | 2020-02-28 | |
dc.description.abstract | A presente pesquisa está inserida na “Linha II: Processos Formativos em Educação Tecnológica” do Programa de Pós-Graduação em Educação Tecnológica do CEFET-MG, cujos estudos focalizam temas relacionados ao trabalho-educação nos contextos socioeconômico e político-cultural, destacando os processos históricos e culturais, as relações entre as mudanças societárias, as diversidades, a educação e o mundo do trabalho. Especificamente, essa pesquisa, busca compreender como se dá a divisão sexual do trabalho docente, problematizando a atuação de professores homens na Educação Infantil na Rede Pública Municipal de Educação de Belo Horizonte (RME/BH) e verificando em que medida esses professores sofrem sexismo e preconceitos de gênero por atuarem em uma área e profissão majoritariamente femininas. Toma-se nesse trabalho a liberdade de denominar os preconceitos de gênero sofridos pelos homens de “sexismo às avessas” por se tratar de uma categoria quase sempre analisada na perspectiva da mulher. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com professores que atuam ou atuaram como docentes em Escolas Municipais de Educação Infantil (EMEI) na RME/BH. Tendo como base teórica a Divisão Sexual do Trabalho, Violência Simbólica e a construção da Masculinidade, foi realizada uma exegese de excertos de fala dos sujeitos de pesquisa buscando-se evidenciar permanências, recuos e avanços de tais teorias na prática profissional dos professores, de acordo com suas perspectivas pessoais. Os achados revelam que a divisão sexual do trabalho, com seus princípios organizadores, é evidenciada no trabalho docente na educação infantil, sobretudo, pela discreta presença masculina nesse segmento educacional, ainda marcadamente feminilizado. Evidenciou-se também uma rejeição à presença dos professores por parte de suas colegas professoras, da direção e da comunidade escolar de forma geral. A violência simbólica, o sexismo e os preconceitos de gênero ocorrem por meio de brincadeiras, perguntas constrangedoras, insinuações sobre sua sexualidade e orientação sexual, bem como perseguições pessoais e proibições de prestação de cuidados às crianças. As reações e estratégias de resistência e enfrentamento relatadas pelos docentes estão presentes, porém distintas, diante dos cenários hostis similares em que atuam. Conclui-se que, embora na sociedade o sexismo, preconceitos e violência simbólica de gênero sejam fortemente direcionados às mulheres e à população LGBTQI+, também os homens, independentemente de sua orientação sexual, quando transgridem o status quo e se arriscam a atuar em áreas hegemonicamente femininas, estão, também, sujeitos a sofrer preconceitos. Espera-se que ao trazer tal temática ao debate acadêmico, a presente pesquisa contribua para a ampliação das reflexões e discussões sobre a divisão do trabalho entre os sexos em diferentes contextos profissionais e a partir de perspectivas de diferentes sujeitos. | |
dc.description.abstractother | The current research is inserted in “Line II: Formative Processes in Technological Education” of the Post-Graduation Program in Technological Education of CEFET-MG, in which studies focus on themes related to work-education in the socioeconomic and political-cultural contexts, pointing out historical and cultural processes, the relations among society changes, diversities, education and the world of work. Specifically, this research seeks to understand how the sexual division of teaching work takes place, problematizing the performance of male teachers in Early Childhood Education in the Public Municipal Education of Belo Horizonte (RME/BH) and verifying to which extent these teachers suffer sexism and gender prejudices for working in a predominantly female area and profession. This work takes the liberty of referring to the gender prejudices suffered by men, as “inside out sexism” because it is a category that is almost always analyzed from the perspective of women. Semi-structured interviews were conducted with teachers who work, or worked, as teachers in Municipal Schools of Early Childhood Education (EMEI) at RME/BH. Supported by the theoretical basis of the Sexual Division of Labor, Symbolic Violence and the construction of Masculinity, an exegesis of excerpts from the research subjects' speeches was carried out in order to evidence permanences, setbacks and advances of such theories in the professional practice of teachers, according to their personal perspectives. The findings reveal that the sexual division of labor, with its organizing principles, is evidenced in the teaching work in early childhood education, mostly by the discreet male presence in this educational segment, still markedly feminized. There was also a rejection of the presence of teachers by their fellow teachers, the board and the school community in general.The symbolic violence, sexism and gender prejudice occur through mischief, embarrassing questions, insinuations about one’s sexuality and sexual orientation, as well as personal harassment and prohibitions on childcare. The reactions and strategies of resistance and confrontation reported by the teachers are present, however different, in face of the similar hostile scenarios in which they operate. It is concluded that, although in society, sexism, prejudices and symbolic gender violence, are strongly directed towards women and the LGBTQI + population, when men, regardless of their sexual orientation, transgress the status quo and risk acting in areas dominated by women, are also bound to conditions of oppression. It is expected that in bringing this theme to the academic debate, this research will contribute to the expansion of reflections and discussions on the division of labor between the sexes in different professional contexts and from the perspectives of different subjects. | |
dc.identifier.uri | https://repositorio.cefetmg.br/handle/123456789/509 | |
dc.language.iso | pt | |
dc.publisher | Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais | |
dc.publisher.country | Brasil | |
dc.publisher.initials | CEFET-MG | |
dc.publisher.program | Programa de Pós-Graduação em Educação Tecnológica | |
dc.subject | Divisão sexual do trabalho | |
dc.subject | Masculinidade na educação | |
dc.subject | Sexismo na educação | |
dc.subject | Discriminação de sexo na educação | |
dc.subject | Professores de educação infantil | |
dc.title | Sexismo às avessas?: professores homens na educação infantil na rede pública municipal de educação de belo horizonte | |
dc.type | Thesis | |
dspace.entity.type |