A educação profissional de meninas adolescentes em medida socioeducativa de internação no estado de Minas Gerais
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Data
2018-04-06
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Editor
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais
Resumo
A presente pesquisa tem como tema central a educação profissional para jovens e adolescentes do sexo feminino em cumprimento de medida socioeducativa de internação no estado de Minas Gerais e objetiva desvelar como se dá a oferta da educação profissional para essas jovens e adolescentes, bem como identificar as percepções das internas sobre os cursos ofertados e suas expectativas sobre o trabalho após o período de internação. Insere-se na “Linha II: Processos Formativos em Educação Tecnológica” do Programa de Pós-Graduação em Educação Tecnológica do CEFET-MG que tem por objetivo estudar os processos formativos na área da Educação Tecnológica, em uma perspectiva omnilateral, tanto nos âmbitos das instituições educacionais e organizacionais, quanto no exercício do próprio trabalho. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, cuja revisão da literatura perpassa estudos sobre juventudes em vulnerabilidade social, a história e a legislação do sistema socioeducativo brasileiro, a educação profissional nas medidas socioeducativas e as relações de gênero nas medidas socioeducativas. Devido à carência de estudos que abordem esta temática foram utilizadas diversas obras sobre temas específicos até se chegar à legislação que regulamenta as práticas educativas nas medidas socioeducativas, destacando-se trabalhos de Castro e Abramovay (2002, 2006), Jeloás e Ferrari (2013), Águido (2011), Constantino (2001), Costa (2006), Fialho (2016) e, Julião e Abdalla (2013). A metodologia utilizada para coleta de dados foi composta por entrevistas semiestruturadas com três gestores do Centro Socioeducativo São Jerônimo - o único que acautela jovens e adolescentes do sexo feminino no estado -, e uma seção de grupo focal com cinco adolescentes acauteladas. Os dados foram analisados utilizando-se a técnica de análise de conteúdo e revelam que as expectativas das internas em relação à profissionalização e ao trabalho são modestas, refletindo sua trajetória de vida repleta de violências e vulnerabilidades sociais. Por sua vez, a equipe gestora se esforça para ofertar cursos profissionalizantes de curta duração para as jovens sentenciadas, mas enfrentam muitos entraves e dificuldades para atender as suas reais necessidades.
Descrição
Palavras-chave
Adolescentes (Meninas), Ensino profissional, Jovens - Comportamento social, Práticas educativas