A organização estudantil no enfrentamento ao machismo e ao sexismo: como os coletivos feministas e LGBT questionam a cultura institucional no CEFET-MG

dc.contributor.advisorFerreira, Débora Pazetto
dc.contributor.advisorLatteshttp://lattes.cnpq.br/8292039196009295
dc.contributor.authorLemos, Ana Isabel Silva
dc.contributor.authorLatteshttp://lattes.cnpq.br/4619755661880330
dc.contributor.referee1Ferreira, Débora Pazetto
dc.contributor.referee2Costa, Maria Adélia da
dc.contributor.referee3Andrade, Carolina Riente de
dc.date.accessioned2023-09-19T14:56:43Z
dc.date.available2023-09-19T14:56:43Z
dc.date.issued2019-08-26
dc.description.abstractA presente pesquisa objetiva demonstrar como se apresentam o machismo e o sexismo institucionalizados na divisão dos cursos e do conhecimento pela análise da criação dos coletivos feministas e LGBT no Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG). Optou-se pelo Cefet-MG como lócus da pesquisa por ser uma instituição federal centenária de educação técnica de nível médio, tradicionalmente voltada para cursos inscritos como masculinos na divisão sexual do trabalho. A instituição escolar foi analisada como aparelho ideológico do estado e como local de adestramento dos corpos a fim de produzir e reproduzir padrões e estereótipos de gênero e de controle da sexualidade. Para unir as duas diferentes pautas dos grupos organizados por estudantes da instituição, tomou-se como ponto de partida uma visão pós-estruturalista de gênero como construção histórico-social das feminilidades e masculinidades e da hierarquização intencional dessa diferenciação. Ao ampliar o escopo teórico, analisou-se a distinção das áreas do conhecimento e dos postos de trabalho à luz da Teoria da Divisão Sexual do Trabalho e da construção da tecnologia como área predominantemente masculina. Para tanto, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com ex-alunas que participaram ativamente na criação dos coletivos Cefet das Mina e LGBTIA nos campi de Belo Horizonte do Cefet-MG. Os achados apontam que as/os estudantes, mesmo sendo, em sua maioria, adolescentes, percebiam correlação direta entre a hierarquização e valorização de determinadas profissões, com a divisão dos cursos e de como essa diferenciação era produzida artificialmente para manter a hegemonia de homens brancos, cisgêneros e heterossexuais em profissões de maior prestígio social e de maior valor social agregado. Apesar de ser usada como espaço de vigilância da norma e das relações de gênero, a escola também é espaço de luta contra opressões e em favor da equidade e, por isso, terreno de disputa e de resistência. Os coletivos analisados nesta pesquisa são apresentados como um dos lados da resistência que tem como protagonistas jovens que afrontaram normas culturais machistas e sexistas e provocaram verdadeiras mudanças no fazer institucional.
dc.description.abstractotherThe present research aims to demonstrate how machismo and sexism are institutionalized in the division of courses and knowledge by analyzing the creation of feminist and LGBT groups in the Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG). Cefet-MG was chosen as the locus of the research because it is a centenary federal institution of technical education for high school level, traditionally directed to courses registered as masculine in the sexual division of labor. The school institution was analyzed as an ideological apparatus of the state and as a place to disciplinate bodies in order to produce and reproduce patterns and gender stereotypes and control of sexuality. To link the two different agendas of groups organized by students of the institution, a post-structuralist view of gender was taken as the historical-social construction of femininities and masculinities and the intentional hierarchization of this differentiation. To expand the theoretical scope, the separating of the areas of knowledge and jobs were analyzed based on the theory of the Sexual Division of Labor and the construction of technology as a predominantly male area. Therefore, semi-structured interviews were conducted with former students who actively participated in the creation of collective Cefet das Mina and LGBTIA, in the Belo Horizonte campi of Cefet-MG. The findings indicate that students, even though they were mostly teenagers, perceived a direct correlation between the hierarchization and valuation of certain careers, the division of courses and how this differentiation was artificially produced to maintain the hegemony of white, cisgender and heterosexual men in professions of higher social status and greater social value added. Despite being used as a space for surveillance of the norm and of gender relations, the school is also a space of fight against oppression and in favor of equity and, therefore, a field of dispute and resistance. The collectives analyzed in this research are presented as one of the sides of the resistance that has as protagonists young people who faced macho and sexist cultural norms and caused real changes in the institutional making.
dc.identifier.urihttps://repositorio.cefetmg.br/handle/123456789/470
dc.language.isopt
dc.publisherCentro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais
dc.publisher.countryBrasil
dc.publisher.initialsCEFET-MG
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Educação Tecnológica
dc.subjectEducação e trabalho
dc.subjectDivisão do trabalho
dc.subjectRelações de gênero
dc.subjectMovimento estudantil
dc.titleA organização estudantil no enfrentamento ao machismo e ao sexismo: como os coletivos feministas e LGBT questionam a cultura institucional no CEFET-MG
dc.typeDissertação
dspace.entity.type

Arquivos

Pacote Original
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Carregando...
Imagem de Miniatura
Nome:
A organização estudantil no enfrentamento ao machismo e ao sexismo.pdf
Tamanho:
2.07 MB
Formato:
Adobe Portable Document Format
Licença do Pacote
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Nenhuma Miniatura disponível
Nome:
license.txt
Tamanho:
1.71 KB
Formato:
Item-specific license agreed to upon submission
Descrição: