Imaginários no discurso governamental “nazismo é de esquerda”:silenciamentos e evidenciamentos
dc.contributor.advisor | Moreira, Carla Barbosa | |
dc.contributor.advisorLattes | http://lattes.cnpq.br/7941994866135686 | |
dc.contributor.author | Silva, Jaqueline Araújo da | |
dc.contributor.authorLattes | http://lattes.cnpq.br/2635911714177046 | |
dc.contributor.referee | Amorim, Márcia Fonseca de | |
dc.contributor.referee | Massmann, Débora Raquel Hettwer | |
dc.contributor.referee | Goodwin Junior, James Willian | |
dc.date.accessioned | 2025-05-16T16:03:58Z | |
dc.date.available | 2025-05-16T16:03:58Z | |
dc.date.issued | 2021-10-29 | |
dc.description.abstract | A partir da perspectiva teórica da análise de discurso, estapesquisa teve por objetivo analisar os imaginários produzidos na circulação do discurso governamental “nazismo é de esquerda”. Para tanto, levamos em consideração o discurso que se constitui pela relação da língua, do sujeito e da história para que fosse possível analisar os imaginários produzidos na discursivização do enunciado “nazismo é de esquerda” e os silenciamentos e evidenciamentos que se constituem a partir deste. Analisamos sequências discursivas em que o enunciado chave aparece, seja na sua forma plena seja como sinônimos, a partir de notícias que tem como manchete a fala do Presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmando que o nazismo é de esquerda; a partir de comentários realizados sobre o texto intitulado “Pela Aliança Liberal Conservadora” postado pelo Ex-ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, em seu blog Metapolítica 17; e a partir de tweets realizados tanto por sujeitos que ocupam a posição discursiva de governo quanto por sujeitos da sociedade em geral que se identificam com a discursivização do enunciado em questão. Com as análises foi possível compreender que as formações imaginárias são produzidas a partir da formação discursivadominante“extrema-direita” e partem do imaginário da esquerda como imigo potencial e da ameaça do fantasma comunista. Além disso, verificamos que esses imaginários são atravessados pela historicidade que os termos “nazismo” e “esquerda” possuem em condições de produção de grandes embates políticos-ideológicos e produzem evidenciamento dos sentidos que se pretendem naturalizar na língua pela resistência aos já-ditos, à memória e à história, resultando no silenciamento dos sentidos que se quer evitar, que se deseja apagar para que não sejam mais da ordem do dito. Para tanto, as análises foram sustentadas pelos conceitos à luz da Análise do Discurso de vertente francesa (Michel Pêcheux), mobilizando conceitos como memória discursiva (Pêcheux, 1969, 1988, 2015; Orlandi 2015); evidenciamento (Moreira, 2009, 2020); silenciamento (Orlandi, 2007); sujeito (Pêcheux, 1988; Orlandi, 2015). Além disso, referências teóricas como Mariani (1996) ao tratar do imaginário da ameaça comunista da imprensa sobre o PCB e Indursky (1992, 2013) ao tratar do discurso da ditadura civil-militar no Brasil, que nos permitiram confirmar novos gestos de interpretação do enunciado “nazismo é de esquerda” que são materializados por discursividades como o nome do partido nazista, nome de líderes de regimes ditatoriais e adjetivações que são sustentadas pelas marcas “mal”, “ruim”, “perverso”, “movimento” e “ideologia”. | |
dc.description.abstractother | Based on the French discourse analyses, this research aimed to investigate the imaginaries productions in the governmental discourse “Nazism is left-wing” in Brazil. For that, Therefore, we considered the discourse around language, subject and history so it would be possible to realize this objective. So, we analyze discursive sequences in which the key statement appears in news headlines with the speech of the President of the Republic, Jair Bolsonaro, who says Nazism is left-wing; and based on comments made in a text entitled “For the Liberal Conservative Alliance” posted by the Ex-Minister of Foreign Affairs, Ernesto Araújo, on his blog Metapolítica 17; from tweets carried out both by subjects who occupy the discursive position of government and by subjects of society in general who identify with the discursiveness of the utterance in question. With the analysis, it was possible to understand that the imaginary formations are produced from the “extreme-right” discursive formation and depart from the imagination of the left as a potential enemy and the threat of the communist ghost. In addition, we found that these imaginaries are crossed by the historicity that the terms "Nazism" and "left" have in conditions of production of major political-ideological clashes and produce evidence of the meanings that are intended to naturalize in the language by resistance to the already-said, to memory and to history, resulting in the silencing of the meanings that wants to avoid, that wants to erase so they are no longer of the order of what was said. We mobilized through Discourse Analysis of a French approach (Michel Pêcheux) concepts such as discursive memory (Pêcheux, 1969, 1988, 2015; Orlandi 2015); evidence (Moreira, 2007, 2009, 2020); silencing (Orlandi, 2007); subject (Pêcheux, 1988; Orlandi, 2015). Furthermore, theoretical references such as Mariani (1996) when dealing with the imaginary of the communist threat of the press on the PCB and Indursky (1992, 2013) when dealing with the discourse of the civil-military dictatorship in Brazil. | |
dc.description.sponsorship | Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) | |
dc.identifier.uri | https://repositorio.cefetmg.br//handle/123456789/1499 | |
dc.language.iso | pt | |
dc.publisher | Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais | |
dc.publisher.country | Brasil | |
dc.publisher.initials | CEFET-MG | |
dc.publisher.program | Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagens | |
dc.subject | Análise do discurso | |
dc.subject | Imaginário - Formação | |
dc.subject | Silêncio | |
dc.subject | Nazismo | |
dc.title | Imaginários no discurso governamental “nazismo é de esquerda”:silenciamentos e evidenciamentos | |
dc.type | Dissertação |
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