Análise de estabilidade de talude por abordagens determinística e probabilística: estudo de caso
Carregando...
Data
2020-11-27
Autores
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais
Resumo
As análises de estabilidade de talude tradicionalmente são desenvolvidas por meio de métodos determinísticos, via equilíbrio limite, cujo resultado final está associado ao fator de segurança (FS) global. Neste tipo de análise, os parâmetros geotécnicos dos solos, dados, essencialmente, pelos parâmetros de resistência ao cisalhamento, a saber, coesão e ângulo de atrito, somados ao peso específico do solo, são considerados fixos, baseados em parâmetros médios, ou seja, a dispersão dos resultados devido à variabilidade natural desses materiais não é considerada. Desta forma, pode-se atender ao fator de segurança especificado na norma e não necessariamente estar como o talude em condição segura, uma vez que os modelos determinísticos não avaliam sua probabilidade de ruína, nem o seu índice de confiabilidade. Sendo assim os modelos probabilísticos complementam os resultados dos modelos determinísticos, permitindo inferências sobre o risco de instabilidade de taludes. Nesse contexto, apresenta-se um estudo de caso de um aterro argiloso arenoso de 5 metros de altura, localizado na cidade de Varginha-MG, Brasil. Os parâmetros de resistência ao cisalhamento do solo foram obtidos por meio de correlações semi-empíricas difundidas no Brasil e internacionalmente. As análises de estabilidade foram desenvolvidas por meio de abordagens determinísticas pelo método de Fellenius e análises de confiabilidade associadas com a variabilidade dos parâmetros de entrada do problema. As análises abordaram diversos panoramas de variabilidade desses parâmetros considerando o talude em condições drenadas e não drenadas. De acordo com os panoramas estudados, foram calculadas a resistência e a carga mobilizada em cada uma das superfícies de ruptura e esses resultados foram compilados para os estudos de confiabilidade. As análises drenadas (45 panoramas) convergiram para um FS global médio de 2,23 e uma probabilidade de ruína da ordem de 10-7, ou seja, um talude a cada 4.027.708,22, com mesma seção típica, se romperia. Por sua vez, as análises não drenadas (81 panoramas) convergiram para um FS global médio de 1,68 e uma probabilidade de ruína da ordem de 10-2, que significaria a ruptura de um talude cada 56 com mesma seção típica.
Descrição
Palavras-chave
Taludes, Fator de segurança, Probabilidade de ruína, Correlações semiempíricas