Formação docente: a forma(ta)ção de subjetividades nas/pelas tramas da racionalidade neoliberal

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Data

2022-11-25

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Editor

Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais

Resumo

O cenário político, social e econômico mundial tem permitido que a Educação, desde sua formação básica até o ensino superior, seja atravessada por redes de poder-saber que visam conduzir condutas que favorecem a expansão de um sujeito “empresário de si”, com um claro viés neoliberal. No Brasil, algumas propostas sobre a formação docente a partir da promulgação da BNCC, no ano de 2017, com viés neoliberal, têm conduzido a Educação para a reprodução de sujeitos constituídos por competências esperadas pelo mercado de trabalho. Diante do exposto, esta pesquisa, inserida na Linha de pesquisa III: Processos formativos na Educação Profissional e Tecnológica do Programa de Pós-Graduação em Educação Tecnológica do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG), de cunho qualitativo, tem por objetivo geral compreender o contexto social e histórico da formação docente no Brasil e problematizar a subjetividade docente. Para tanto, tomamos como objeto de análise os documentos legais que tratam da formação docente inicial e continuada, especificamente: a BNCC, a resolução CNE/CP nº 2, de 20 de dezembro de 2020 e a resolução CNE/CP nº 1, de 27 de outubro de 2020, respectivamente. Nosso objetivo específico é rastrear, na materialidade linguística dos documentos legais escolhidos, a presença da racionalidade neoliberal, com ênfase na identificação de propostas salvacionistas da educação. A fundamentação teórico-metodológica deste trabalho é a Análise de Discurso de linha francesa, especificamente ferramentas conceituais foucaultianas. Com base nos estudos teóricos e análises empreendidos, procurou-se salientar, partindo da materialidade linguística dos referidos documentos, como as práticas governamentais atuam no saber e na (des)construção da subjetividade dos sujeitos (docentes), evidenciando que o neoliberalismo conduz a educação como veículo de (re)produção de sujeitos adaptáveis e autogovernáveis, os sujeitos dos quais a sociedade atual precisa. Ademais, apontou-se a possibilidade de resistência docente por meio da problematização dos discursos vigentes e pelo cuidado de si e do outro na/para a Educação.

Descrição

Palavras-chave

Professores - Formação, Neoliberalismo, Subjetividade, Planejamento político

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