Pelas letras, vozes bradam a existência: memórias e silêncios nas disputas das escritas moçambicanas

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Data

2020-11-11

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Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais

Resumo

A presente dissertação tem como seu principal tema de pesquisa: a reflexão sobre a forma com que a escrita se configura como espaço de transformação da política na delimitação dos princípios de visão e divisão do mundo social, na perspectiva teórica de Pierre Bourdieu, e/ou das relações entre o ver, o fazer e ser da partilha do sensível, a partir das considerações de Jacques Rancière. E como a literatura pode ser um instrumento democrático de alteração dessa partilha, reivindicando a existência, a visibilidade e a inclusão das partes incontadas, os grupos suplementares ou excluídas da comunidade, por meio da introdução do dissenso, do Outro, da abertura para novas possibilidades narrativas e de configuração representativa do mundo. Para tanto, serão analisados aspectos das disputas das escritas no contexto colonial moçambicano, bem como das disputas no contexto pós-independência, principalmente as produções literárias da década de 1980. As tensões entre o modelo frelimista unitário da poesia de combate e das produções literárias que questionam este modelo serão analisadas a partir da consideração da escrita como um campo de atuação política e reconfiguração do espaço da partilha do sensível da comunidade. Para a investigação sobre a escrita literária enquanto elemento dissensual e disruptivo, investigaremos a obra Ualalapi, do escritor moçambicano Ungulani Ba Ka Khosa, publicada no ano de 1987, e suas relações com a historiografia oficial moçambicana.

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Palavras-chave

Literatura moçambicana, Literatura e História, FRELIMO (Frente de Libertação de Moçambique), Khosa, Nacionalismo e literatura - Moçambique

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