Programa de Pós Graduação em Estudos de Linguagens - POSLING
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Navegando Programa de Pós Graduação em Estudos de Linguagens - POSLING por Autor "Costa, Verônica Soares da"
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Item Ciência POP: divulgação científica no Youtube sob a perspectiva da sociossemiótica e da gramática do design visual(Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, 2022-12-07) Barbosa, Virgínia Graziela Fonseca; Silva, Rogério Barbosa da; http://lattes.cnpq.br/1767099415509838; http://lattes.cnpq.br/0008627478755038; Silva, Rogério Barbosa da; Costa, Verônica Soares da; Silva, Renato Caixeta daNeste trabalho, procuramos entender o atual contexto da linguagem e das comunicações a partir das configurações do mundo digital. Sobretudo, consideramos a prevalência do visual neste momento histórico, configurando uma nova "escrita", em que o paradigma alfanumérico passa a compartilhar espaço com outro formato mais complexo e híbrido. Para tanto, usamos como objeto de pesquisa o gênero multimodal vídeo de Divulgação Científica no YouTube. Nosso referencial teórico passa pelas considerações de Flusser sobre o futuro da escrita, pelas elucubrações de Jenkins quanto à cultura da convergência, e culmina nas análises baseadas na Sociossemiótica e na Gramática do Design Visual, de Kress e Van Leeuwen. A partir das análises de dois canais brasileiros de Divulgação Científica no YouTube (Nunca vi 1 cientista e Arqueologia pelo mundo), procuramos entender como se dá a construção de sentidos nessas produções multimodais, considerando, especialmente, a metafunção interacional. O levantamento aponta para a relevância do uso de estratégias visuais, a exemplo do enquadramento, imagens e textos visuais, capazes de facilitar o entendimento e criar envolvimento com o espectador, além do uso de recursos da comunicação face a face, como gestos e expressões faciais. Mostra-se inegável ainda a importância dos conhecimentos técnicos relacionados à produção, edição e distribuição do material por parte das cientistas que conduzem os canais estudados, contrariando a ideia comumente alardeada quanto à facilidade de uso e o caráter democrático das ferramentas digitais. Da mesma forma, no que diz respeito ao público em geral, a expansão dessas formas comunicativas não foi acompanhada por um letramento digital satisfatório ou por políticas efetivas de democratização. Assim, em tempos de negacionismo e de fake news, as estratégias facilitadoras adotadas pelas cientistas do corpus aqui investigado apontam um caminho possível para a aproximação entre o conhecimento científico e a população.Item Ciência pop: divulgação científica no Youtube sob a perspectiva da sociossemiótica e da gramática do design visual(Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, 2022-12-07) Barbosa, Virgínia Graziela Fonseca; Silva, Rogério Barbosa da; http://lattes.cnpq.br/1767099415509838; http://lattes.cnpq.br/0008627478755038; Costa, Verônica Soares da; Silva, Renato Caixeta daNeste trabalho, procuramos entender o atual contexto da linguagem e das comunicações a partir das configurações do mundo digital. Sobretudo, consideramos a prevalência do visual neste momento histórico, configurando uma nova “escrita”, em que o paradigma alfanumérico passa a compartilhar espaço com outro formato mais complexo e híbrido. Para tanto, usamos como objeto de pesquisa o gênero multimodal vídeo de Divulgação Científica no YouTube. Nosso referencial teórico passa pelas considerações de Flusser sobre o futuro da escrita, pelas elucubrações de Jenkins quanto à cultura da convergência, e culmina nas análises baseadas na Sociossemiótica e na Gramática do Design Visual, de Kress e Van Leeuwen. A partir das análises de dois canais brasileiros de Divulgação Científica no YouTube (Nunca vi 1 cientista e Arqueologia pelo mundo), procuramos entender como se dá a construção de sentidos nessas produções multimodais, considerando, especialmente, a metafunção interacional. O levantamento aponta para a relevância do uso de estratégias visuais, a exemplo do enquadramento, imagens e textos visuais, capazes de facilitar o entendimento e criar envolvimento com o espectador, além do uso de recursos da comunicação face a face, como gestos e expressões faciais. Mostra-se inegável ainda a importância dos conhecimentos técnicos relacionados à produção, edição e distribuição do material por parte das cientistas que conduzem os canais estudados, contrariando a ideia comumente alardeada quanto à facilidade de uso e o caráter democrático das ferramentas digitais. Da mesma forma, no que diz respeito ao público em geral, a expansão dessas formas comunicativas não foi acompanhada por um letramento digital satisfatório ou por políticas efetivas de democratização. Assim, em tempos de negacionismo e de fake news, as estratégias facilitadoras adotadas pelas cientistas do corpus aqui investigado apontam um caminho possível para a aproximação entre o conhecimento científico e a população.Item Plataformização do texto: reconfiguração de práticas de escrita e edição a partir de mediações algorítmicas do Google(Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, 2023-09-25) Cruz, Luana Teixeira de Souza; Ribeiro, Ana Elisa; http://lattes.cnpq.br/7474445800716834; http://lattes.cnpq.br/3272607526465335; Ribeiro, Ana Elisa; Coscarelli, Carla Viana; Costa, Verônica Soares da; Vecchio, Pollyana Mattos; Silva, Rogério Barbosa daA produção, circulação e leitura de textos em ambiente digital estão atravessadas pelas plataformas online. Por isso, vivemos uma cultura digital pós-plataformas cada vez mais implicada pela comunicação mediada por algoritmos e pela tradução de tudo em dados numéricos. Esta pesquisa investiga a reconfiguração das práticas de escrita e edição a partir das lógicas algorítmicas do Google, que se firmou como uma plataforma infraestrutural capaz de ordenar, filtrar e selecionar a produção imaterial online. A incorporação de técnicas em resposta às demandas de ranqueamento do Google é comum e praticada de modo ambivalente por produtores e editores de texto. A ambivalência está no fato de que esses produtores se sentem, por um lado, na condição de ter que equilibrar seu trabalho entre a relevância para públicos e para algoritmos; por outro, muitos deles criam táticas de produção que parecem vencer a caixa-preta do Google em nome da performance de conteúdos. Esta pesquisa tem como suporte teórico a Linguística Textual, com referências que compreendem o texto não com base em sua essência, mas, sim, diante de suas condições de produção, circulação e leitura, ou seja, a partir da sua existência. Como inspirações metodológicas, temos os Estudos de Plataformas, Estudos de Algoritmos e Métodos Digitais, que têm matrizes conceituais originárias dos Estudos de Ciência e Tecnologia. Recorremos também aos Estudos de Busca na Web, que, por sua vez, alimentam-se de ideias do campo de Recuperação da Informação. No percurso de pesquisa, integramos duas etapas de métodos qualitativos: 1) análises documentais da plataforma de busca Google, para compreensão de funcionamento e governança; 2) experiências de escrita e edição de textos, em um espaço simulado no WordPress.com, para observar as práticas incorporadas por produtores e editores. O corpus da etapa 1 é composto por documentos que têm ênfase jurídica e tentam proteger o Google de atitudes danosas praticadas por seus usuários. Também há documentos que dizem respeito às expectativas da plataforma sobre o que é apropriado ou não durante o uso do motor de busca e, ainda, sobre o que é ideal para alcançar melhores performances de circulação de conteúdo. O corpus da etapa 2 é composto por cinco textos que representam diferentes modos de produção, objetivos, públicos e gêneros discursivos. Na análise, emergiram cinco categorias que nos permitem entrelaçar a elegibilidade algorítmica do Google com as práticas de escrita em ambiente digital. Concluímos que a plataformização do texto é o fenômeno composto pelo atravessamento de critérios algorítmicos e normatizações, definidas pelas plataformas de busca, na escrita e edição. Demonstramos que o Google mudou nosso jeito de escrever, porque consolidou como quase inevitável seu modelo de indexação e classificação, que tensiona produtores de texto a redigir pensando em uma relevância mitológica. Esse tensionamento faz surgir o texto pós-plataformas, de caráter imanente e contingente, que se constrói de modo hipertextual, pela natureza do meio e dos processos de leitura, e em atenção ao desempenho para a visibilidade.