Por uma tecnoética: Hans Jonas e o princípio responsabilidade
dc.contributor.advisor | Silva, Sabina Maura | |
dc.contributor.advisorLattes | http://lattes.cnpq.br/3871655013250129 | |
dc.contributor.author | Oliveira, Rita de Cássia Matiusso de | |
dc.contributor.authorLattes | http://lattes.cnpq.br/4341705785273244 | |
dc.contributor.referee1 | Sabina Maura Silva | |
dc.contributor.referee2 | Luiz Henrique de Lacerda Abrahão | |
dc.contributor.referee3 | Antônio José Lopes Alves | |
dc.date.accessioned | 2023-09-12T11:30:41Z | |
dc.date.available | 2023-09-12T11:30:41Z | |
dc.date.issued | 2018-08-28 | |
dc.description.abstract | Esta pesquisa teve por objetivo expor as concepções que fundamentam a obra do filósofo alemão Hans Jonas à luz do livro Princípio Responsabilidade: ensaio de uma ética para a civilização tecnológica. Jonas se vale argumentativamente da figura mitológica de Prometeu para caracterizar o homem advindo da civilização técnico-industrial, para o qual o fazer técnico configura-se como elemento inerente à sua própria existência - ―Prometeu está definitivamente desacorrentado‖. Conforme Jonas, o homem moderno não encontra limites para sua ação. As ações humanas, ao seu ver, são potencializadas pelo conhecimento proveniente da ciência, uma vez mobilizado na técnica moderna. Nesse sentido, Jonas sustenta que a técnica moderna dá ao homem poderes até então não conhecidos por ele e, assim, permite-lhe colocar em risco o equilíbrio da natureza e de sua própria existência. Nesses termos, Jonas confere à técnica moderna a capacidade de produzir um sistema tão poderoso, no qual o homem passa a viver em função dela, pondo-a como fim em si e não mais como instrumento que possa prover o seu bem-estar. Por conseguinte, o homem passar a ser o objeto da técnica moderna e esta se constitui como sujeito. Sobremaneira, o avanço da ciência e da tecnologia e de todas as conquistas provenientes do uso delas podem se converter em ameaça às espécies vivas, e não somente humana, aos ecossistemas e à biosfera. A tecnologia gera, assim, risco em relação ao futuro da humanidade. Posto isso, Jonas constrói a propositura da necessidade de refundação de uma ética a qual responda às especificidades da civilização tecnológica. Desse modo, Jonas idealiza um novo paradigma ético cujo princípio é a responsabilidade. Isto posto, esse novo princípio deve estar para além das relações do momento presente e interpessoais, típicas da ética tradicional, ou seja, esse novo princípio precisa ser responsável para com as gerações futuras e para com a natureza e inclui-las como objetos da nova ética. Neste contexto, diante do futuro da humanidade ameaçado pela força da técnica moderna, Jonas, adverte quanto à necessidade de se colocar freios voluntários nos avanços tecnológicos, é preciso, pois, um ‗poder sobre o poder‘. É neste cenário de ameaça apocalíptica que o filósofo credencia o medo do extermínio, não somente da humanidade, mas de todo o planeta, como método dessa nova ética. Pois, de acordo com Jonas, é diante do prognóstico de um futuro de incertezas quanto à sua própria existência, a possibilidade da extinção não somente da humanidade, mas de todo o planeta que freará o progresso tecnológico. Portanto, ante à perspectiva do medo, o homem há de despertar um sentimento coletivo de responsabilidade e acrescenta Jonas, de temor. É a previsibilidade do perigo, o reconhecimento do malum, que funcionará como bússola para o despertar de uma ética do respeito, a ética do Princípio Responsabilidade. | |
dc.description.abstractother | This research aimed at exposing the conceptions that underlie the work of the German philosopher Hans Jonas in the light of the book Responsibility Principle: Essay on an Ethic for Technological Civilization. Jonas argues argumentatively of the mythological figure of Prometheus to characterize the man coming from the technical-industrial civilization, for which the technical making is configured as an inherent element of his own existence - "Prometheus is definitely unchained". According to Jonah, modern man finds no limits to his action. Human actions, in your eyes. are enhanced by knowledge from science, once mobilized in modern technology. In this sense, Jonas holds that modern technique gives man powers hithert not known by him and thus allows him to jeopardize the balance of nature and its very existence. In these terms, Jonas gives modern technology the ability to produce such a powerful system in which man begins to live by it, putting it as an end in itself and no longer as an instrument that can provide for his well-being. Therefore, man becomes the object of modern technique and this is constituted as subject. The advancement of science and technology and all the conquests resulting from their use can, in fact, become a threat to living and not only human species, to ecosystems and the biosphere humanity. Having said this, Jonas builds the proposition of the need to re-found an ethics that responds to the specificities of technological civilization. In this way, Jonas devises a new ethical paradigm whose principle is responsibility. This the new ethical principle must be beyond present-day and interpersonal relations typical of traditional ethics, that is, this new ethical principle must be accountable to future generations and to nature and include them as objects of the new ethics. In this context, in view of the future of humanity threatened by the power of modern technology, Jonas warns of the need to place voluntary brakes on technological advances, a 'power over power' is therefore necessary. It is in this scenario of apocalyptic threat that the philosopher credits the fear of extermination, not only of humanity, but of the entire planet, as a method of this new ethic. For, according to Jonas, it is before the prognosis of a future of uncertainties as to its own existence, the possibility of the extinction not only of humanity, but of the whole planet that will stop technological progress. Therefore, before the perspective of fear, the man will awaken a collective feeling of responsibility and adds Jonas, of fear. It is the predictability of danger, the recognition of malum, which will act as a compass for the awakening of an ethics of respect, the ethics of Principle Responsibility. | |
dc.identifier.uri | https://repositorio.cefetmg.br/handle/123456789/423 | |
dc.language.iso | pt | |
dc.publisher | Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais | |
dc.publisher.country | Brasil | |
dc.publisher.initials | CEFET-MG | |
dc.publisher.program | Programa de Pós-Graduação em Educação Tecnológica | |
dc.subject | Tecnologia - Filosofia | |
dc.subject | Ética | |
dc.title | Por uma tecnoética: Hans Jonas e o princípio responsabilidade | |
dc.type | Thesis | |
dspace.entity.type |