A dimensão motivacional de experiências identitárias de aprendizagem e de uso de inglês como língua estrangeira

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Data

2019-03-20

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Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais

Resumo

Os processos de globalização e de popularização da Internet têm afetado profundamente a aprendizagem e o uso do inglês como língua estrangeira (L2) no Brasil e no mundo (TAVARES, 2015). Partimos da hipótese de que existam novos motivos para aprender e usar o inglês nas trocas comunicativas diárias e que plataformas online de redes sociais, como o Facebook, por exemplo, apresentam-se como ambientes convidativos para pesquisas sobre linguagem de maneira geral (PAGE et al., 2014; DAVIES, 2015). Assim, o objetivo deste trabalho foi investigar os motivos pelos quais falantes não nativos de inglês buscam aprender e/ou usar a língua na era digital em que vivemos, através do evidenciamento dos componentes motivacionais presentes nas narrativas fornecidas pelos sujeitos desta pesquisa. O aporte teórico para essa investigação compreendeu contribuições da teoria motivacional em Linguística Aplicada, em sua perspectiva sócio-dinâmica, representada aqui principalmente pelos trabalhos de Gardner (2010), Dörnyei (2005; 2009; 2017), Dörnyei e Ushioda (2011), Dörnyei e Ryan (2015) e Bambirra (2009; 2016; 2017a; 2017b). Trata-se de uma pesquisa aplicada, cuja coleta de dados foi realizada na página Humans of All Accents, criada na plataforma de rede social Facebook para fins desta pesquisa. Narrativas de experiências e/ou uso de inglês como língua estrangeira foram analisadas por meio de categorias criadas com base em Dörnyei e Ryan (2015) e Dörnyei (2017), seguindo a metodologia de análise de experiências de aprendizagem de L2 proposta e consolidada no Brasil por Miccoli (1997- 2018) e associados. Os resultados indicam que as questões relacionadas às crenças e aos sentimentos dos aprendizes sobre si mesmos (autoconceito) destacam-se sobre as demais influências motivacionais. Esses aspectos identitários encontram-se profundamente contextualizados no tempo e no espaço por meio de eventos e/ou circunstâncias internos e externos a quem narra suas experiências (MICCOLI; BAMBIRRA s/d). Concluímos que a motivação, na qualidade de experiência dinâmica, é composta por experiências de diferentes naturezas que se aninham umas às outras (MICCOLI; LIMA, 2012), formando e expandindo teoricamente o que Dörnyei (2009; 2011) denominou constelações, conglomerados ou amálgamas motivacionais.

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Palavras-chave

Motivação, Identidade, Experiências, Aquisição da segunda língua, Redes sociais

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