A formação experiencial de uma família ribeirinha amazônica ao longo da cadeia produtiva do açaí (Euterpe Oleracea Mart.). Da Ilha Arapiranga ao Mercado Ver–O-Peso (Belém/Pará)

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Data

2017-12-01

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Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais

Resumo

Os recursos naturais provenientes da floresta amazônica mostram-se fundamentais para os ribeirinhos que habitam a região, que têm o extrativismo vegetal como atividade principal na garantia da sua subsistência econômica e alimentar. Dentre os produtos extrativos não madeireiros, nos últimos anos, o açaí ganhou destaque, pois passou a ser consumido em grande escala em outros estados brasileiros e outros países, transformando-se em uma das principais fontes de renda das famílias, além de importante alimento. No extrativismo ao longo da cadeia produtiva do açaí, os ribeirinhos realizam o trabalho em contato direto com as atividades e, a partir dessa convivência, eles refletem sobre o que está sendo feito, transformando o que foi vivido em uma formação experiencial, fazendo da experiência um meio de aprendizagem. Em um processo que envolve a mobilização pessoal, absorvem e incorporam saberes que servem de base para a execução do trabalho e apoio em acontecimentos que possam surgir no dia a dia. A cadeia produtiva do açaí pode ser considerada um local com potencial para a produção de saberes, pois existe uma participação e interação dos ribeirinhos nos modos de pensar e organizar os processos,na forma de relacionar com a equipe, de antecipar situações e pensar na totalidade do trabalho.Dessa forma, buscou-se identificar quais são os saberes que percorrem a cadeia produtiva do açaí da extração na ilha Arapiranga em Barcarena Pará até a comercialização no mercado Ver-o-Peso em Belém-Pará. A pesquisa tem caráter qualitativo e procedimento etnográfico. Observando e entrevistando seus membros, assim como seus vizinhos e outros moradores envolvidos direta ou indiretamente com a extração e venda do açaí, observou-se a cadeia produtiva como um local privilegiado para desenvolvimento de saberes, uma vez que na situação de trabalho os ribeirinhos estabelecem relações com outros sujeitos, com eles mesmos e com as atividades que exercem gerando efetivamente uma ação, resultando em saberes que são incorporados pelo trabalhador em seu cotidiano e compõe a sua formação.

Descrição

Palavras-chave

Aprendizagem - Experiência, Educação não-formal, Cultivos agrícolas - Rendimento - Açaí

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