Potencialidades e limitações pedagógicas no uso de modelos analógicos para o ensino de estequiometria na educação tecnológica
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Data
2020-09-16
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Editor
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais
Resumo
Esta dissertação de mestrado, inserida na linha de pesquisa sobre práticas educativas em Ciência e Tecnologia do Programa de Pós-graduação em Educação Tecnológica, apresenta os resultados de uma investigação que analisou analogias e modelos no contexto da estequiometria química. A questão de pesquisa orientadora foi: quais as potencialidades e limitações pedagógicas de modelos analógicos concebidos para o ensino de Química, no contexto da estequiometria, a partir das percepções de professores da Educação Profissional Técnica de Nível Médio (EPTNM)? Dentro da perspectiva da Teoria do Mapeamento Estrutural (TME), concebemos as analogias como comparações relacionais, ou seja, com foco nas correspondências de relações entre um domínio base, conhecido, e outro domínio alvo, desconhecido. Os modelos foram concebidos como representações parciais das entidades de interesse científicos desenvolvidos com objetivos pedagógicos específicos. Diante disso, o estudo investigou aspectos dos processos de criação, desenvolvimento e apropriação de modelos fundamentados em analogias para o ensino de estequiometria no contexto da Educação Tecnológica, e analisou a percepção de professores da EPTNM a respeito das potencialidades e limitações desses recursos mediacionais em eventuais situações de uso. Para isso, a pesquisa, caracterizada por uma abordagem qualitativa, com o objetivo de um estudo exploratório, envolveu um Estudo de Caso e foi desenvolvida em três etapas: (i) Análise do potencial analógico das comparações no contexto da estequiometria presentes nos livros didáticos de Química aprovados no PNLD/2018, por meio de mapeamentos estruturais; (ii) Elaboração de um modelo analógico, a partir de analogias estruturalmente consistentes, sistemáticas e pragmáticas; (iii) Apresentação dos modelos analógicos para professores de Química da formação geral e técnica da EPTNM, do CEFET-MG, por meio de grupos focais. Na primeira etapa foram identificados 19 recursos distintos adotados como comparações pelos autores dos livros didáticos, destas, 16 foram classificadas de acordo com a TME: 11 analogias, 4 abstrações e 1 metáfora relacional. Apenas 3 foram classificadas em outras categorias: 1 categoria emergente (comparação por contraste), 1 modelo convencional e 1 modelo analógico, em função do não enquadramento de suas características em nenhum dos outros tipos de comparação previstos pelo referencial teórico. Na segunda etapa, uma comparação consistente, sistemática e pragmática inspirou a elaboração do modelo analógico “balança de equações” com o objetivo de representar uma equação química a partir da analogia com uma balança de dois pratos. Por fim, modelos analógicos e convencionais foram analisados por professores da EPTNM que identificaram potencialidades e limitações nos seus usos. Apesar dos docentes não relacionarem de forma direta como o uso de modelos pode contribuir para uma Educação Tecnológica, destacamos nas falas dos participantes, independente das limitações identificadas, que os modelos se constituem uma ferramenta de ensino vantajosa para representar entidades de interesse científico, bem como, para facilitar a aplicabilidade de conceitos e procedimentos profissionais e do cotidiano dos estudantes.
Descrição
Palavras-chave
Analogias - Modelos, Química - Estudo e ensino, Estequiometria - Estudo e ensino