Romeu e Julieta: uma releitura realizada pelo Grupo Galpão
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Data
2020-10-21
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Editor
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais
Resumo
O objetivo desta pesquisa é analisar a releitura realizada pelo Grupo Galpão na idealização, montagem, encenação e filmagem de Romeu e Julieta para uma apresentação ao ar livre. Fui irremediavelmente atraída por essa produção, principalmente, pela leveza e alegria conseguidas com o artifício engendrado em unir comédia a um texto intrinsecamente trágico. A estratégia do Grupo Galpão foi alcançada por meio da integração de elementos circenses, da commedia dell’arte e da música e palhaçaria ao roteiro shakespeariano. Na Romeu e Julieta, do Grupo Galpão é possível identificar leituras que remetem à aculturação do roteiro inglês em uma montagem brasileira resultante de uma antropofagia cultural, como gostaria Oswald de Andrade ou transcriação, segundo a Teoria de Haroldo de Campos. O trabalho produzido pelo grupo mineiro evoca transposições para linguagens diversas que vão muito além – da nem sempre simples – versão de uma língua para outra. As principais questões desta pesquisa estão relacionadas à tradução e aos estudos de linguagens. Pois, embora o script de Shakespeare tenha sido mantido através de uma tradução para o português bem fiel ao original em língua inglesa, a montagem reflete a originalidade provida pelas diferentes linguagens utilizadas na Romeu e Julieta, do Grupo Galpão. O corpus no qual o estudo foi baseado é composto do DVD Romeu e Julieta na Praça do Papa, uma filmagem do espetáculo realizada em 2012, em Belo Horizonte; do roteiro original de Shakespeare, em língua inglesa; da tradução do original para a língua portuguesa feita por Pennafort (1940) e da Romeu e Julieta, uma releitura de Brandão (2007) para o teatro de rua.
Descrição
Palavras-chave
Grupo Galpão, Estudos da Linguagem, Romeu e Julieta, Tradução e interpretação