Fractal de aprendizagem: motivação, autonomia e interação no ensino e na aprendizagem sob o paradigma da complexidade

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dc.contributor.advisorParreiras, Vicente Aguimar
dc.contributor.advisorLatteshttp://lattes.cnpq.br/0572931273424168
dc.contributor.authorOliveira, Mateus Esteves de
dc.contributor.authorLatteshttp://lattes.cnpq.br/4673632309231847
dc.contributor.refereeParreiras, Vicente Aguimar
dc.contributor.refereeRibeiro, Luiz Antônio
dc.contributor.refereeTávora, Antônio Duarte Fernandes
dc.contributor.refereeSilva, Walkyria Alydia Grahl Passos Magno e
dc.contributor.refereePaiva, Vera Lúcia Menezes de Oliveira e
dc.date.accessioned2025-06-11T19:34:58Z
dc.date.available2025-06-11T19:34:58Z
dc.date.issued2023-12-11
dc.description.abstractNesta pesquisa, buscamos demonstrar, com base no paradigma da Complexidade, a relação existente entre motivação, autonomia e interação — a nosso ver, basilares na construção do conhecimento —, para defendermos a tese de que a articulação e o encadeamento entre esses três fatores caracterizam o que denominamos “fractal de aprendizagem”. Para isso, partimos da reflexão sobre o pensamento complexo do filósofo Edgar Morin (2003, 2011) e das teorias que compõem esse paradigma, tais como a dos Sistemas Adaptativos Complexos na perspectiva de Larsen-Freeman (1997), Larsen-Freeman e Cameron (2008), Bertalanffy (2010), Paiva e Nascimento (2009); a do Caos (Lorenz, 1993; Gleick, 1989) e a dos Fractais (Mandelbrot, 1967, 1982 e 1998), também conhecida como a Geometria do Caos. Nesse sentido, com o fito de correlacioná-las com teorias de aprendizagem recorrentes no campo educacional da atualidade, construímos um aporte teórico embasado em Piaget (1973, 1976, 1999), sobre a interação com o meio e com o objeto; em Vygotsky (1984, 2001, 2005), a respeito da interação com o meio social; em Freire (2017), no que tange ao conhecimento prévio do educando e à autonomia; e em Long (1983) e Ellis (1999), a respeito da Interaction Hypothesis. Tal fundamentação teórica se apoia em conceitos do paradigma da complexidade que, também, embasam a discussão sobre o emprego da Dinâmica Interacional Pedagógica Adaptativa Complexa (DIPAC) como um design pedagógico inovador. Ademais, com o objetivo de identificar e de descrever o fractal de aprendizagem subjacente a essas abordagens teóricas e à DIPAC, geramos os dados com docentes da educação básica estadual de Minas Gerais inseridos na Superintendência Regional de Ensino Metropolitana A nos anos de 2022 e 2023. Para isso, ofertamos um curso de formação contínua de professores a essa regional, que teve como foco o emprego da DIPAC e de metodologias ativas. O problema gerador da pesquisa adveio da necessidade de superação das barreiras da cultura escolar linear. Professores e pesquisadores, imersos na realidade repleta de fatores sociais, econômicos, históricos e políticos, se veem desafiados a adotarem práticas pedagógicas que não apenas rompam com o paradigma tradicionalista de educação, mas que também motivem os estudantes a buscarem e a construírem conhecimentos de maneira autônoma e significativa. Nesse contexto, a motivação se destaca como um fator primordial nos processos de ensino e de aprendizagem, cuja compreensão vai além da identificação de sua manifestação. A tese defende a necessidade de os professores desenvolverem conhecimentos sobre os estilos de aprendizagem dos alunos, a fim de estimulá-los na busca autônoma do conhecimento e propõe a introdução do paradigma da Complexidade nas práticas docentes, desafiando crenças fossilizadas sobre ensino e aprendizagem. Argumentamos também que os processos educativos são intrinsecamente influenciados por conjunturas sociais, econômicas, históricas e políticas, bem como pelas experiências vivenciadas por estudantes e professores. Os objetivos delineados apontam para a investigação de indícios de geometria fractal nas relações entre motivação, autonomia e interação nos processos de ensino e de aprendizagem e a metodologia envolve a correlação do design pedagógico da DIPAC com esses fatores, a categorização de traços característicos da Complexidade nas narrativas dos professores e a identificação de indícios da geometria fractal nos dados gerados para a pesquisa. Os resultados, obtidos por meio de questionários eletrônicos e entrevistas semiestruturadas, foram analisados sob os preceitos metodológicos da Análise de Conteúdo (Bardin, 2016) e sistematizados em 11 categorias de análise. Após esse trabalho, pudemos ilustrar a proposta do fractal de aprendizagem, evidenciando, assim, que a aprendizagem ocorre por meio da relação entre motivação, autonomia e interação, de modo a estimular e a desenvolver o protagonismo estudantil na formação do próprio conhecimento. Na conclusão, ficou demonstrado que a pesquisa atingiu seus objetivos ao correlacionar as propriedades fractais com a aprendizagem, ao ressaltar traços complexos na DIPAC e a relevância de metodologias ativas na educação e ao propor a superação do ensino tradicionalista, estimulando, desse modo, o protagonismo estudantil alinhado às diretrizes educacionais nacionais. Para além disso, finaliza-se com a proposição do conceito de fractal de aprendizagem e sua aplicabilidade em diferentes níveis e modalidades de ensino, enfatizando, assim, a importância da formação contínua de professores e de investimentos na transformação do sistema educacional brasileiro. A pesquisa não apenas identifica desafios, mas também indica soluções teoricamente fundamentadas com vistas a aprimorar o panorama educacional do país.
dc.description.abstractotherIn this Ph.D, dissertation, we aim to demonstrate, based on the Complexity paradigm, the relationship between motivation, autonomy, and interaction — which we consider fundamental in knowledge construction — to argue for the thesis that the articulation and interconnection of these three factors characterize what we call the 'learning fractal.' To achieve this, we start with a reflection on the complex thinking of philosopher Edgar Morin (2003, 2011) and the theories that make up this paradigm, such as Complex Adaptive Systems from the perspective of Larsen-Freeman (1997), Larsen-Freeman and Cameron (2008), Bertalanffy (2010), Paiva and Nascimento (2009); Chaos theory (Lorenz, 1993; Gleick, 1989) and Fractals (Mandelbrot, 1967, 1982, and 1998), also known as Chaos Geometry. In this sense, in order to correlate them with recurring learning theories in the current educational field, we build a theoretical framework based on Piaget (1973, 1976, 1999) regarding interaction with the environment and object; Vygotsky (1984, 2001, 2005) on interaction with the social environment; Freire (2017) concerning the student's prior knowledge and autonomy; and Long (1983) and Ellis (1999) regarding the Interaction Hypothesis. This theoretical foundation is based on concepts from the complexity paradigm that also support the discussion of the use of Complex Adaptive Pedagogical Interaction Dynamics (DIPAC) as an innovative pedagogical design. Additionally, with the aim of identifying and describing the learning fractal underlying these theoretical approaches and DIPAC, we collected data from teachers in the state basic education system of Minas Gerais within the Metropolitan Regional Education Office A in the years 2022 and 2023. To do this, we offered continuous teacher training to this sector, focusing on the use of DIPAC and active methodologies. The research's generative problem stemmed from the need to overcome the barriers of linear school culture. Teachers and researchers, immersed in the multidiverse reality of social, economic, historical, and political factors, are challenged to adopt pedagogical practices that not only break with the traditionalist paradigm of education but also motivate students to seek and construct knowledge autonomously and meaningfully. In this context, motivation stands out as a fundamental factor in teaching and learning processes, whose understanding goes beyond identifying its manifestation. The thesis argues for the need for teachers to develop knowledge about students' learning styles to stimulate them in the autonomous pursuit of knowledge and proposes the introduction of the Complexity paradigm in teaching practices, challenging fossilized beliefs about teaching and learning. We also argue that educational processes are inherently influenced by social, economic, historical, and political circumstances, as well as by the experiences of students and teachers. The outlined objectives point towards investigating evidence of fractal geometry in the relationships between motivation, autonomy, and interaction in teaching and learning processes. The methodology involves correlating the pedagogical design of DIPAC with these factors, categorizing characteristic traits of Complexity in teachers' narratives, and identifying evidence of fractal geometry in the data generated for the research. The results, obtained through electronic questionnaires and semistructured interviews, were analyzed following the methodological principles of Content Analysis (Bardin, 2016) and systematized into 11 categories. After this work, we were able to illustrate the concept of the learning fractal, thus demonstrating that learning occurs through the relationship between motivation, autonomy, and interaction, stimulating and developing student agency in the formation of their own knowledge. In the conclusion, it was demonstrated that the research achieved its objectives by correlating fractal properties with learning, highlighting complex features in DIPAC, and the importance of active methodologies in education, proposing to overcome traditional teaching and thus encouraging student agency aligned with national educational guidelines. Moreover, it concludes with the proposal of the concept of the learning fractal and its applicability in different levels and modalities of education, emphasizing the importance of continuous teacher training and investments in transforming the Brazilian educational system. The research not only identifies challenges but also suggests theoretically grounded solutions to enhance the educational landscape of the country.
dc.description.sponsorshipCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001
dc.identifier.urihttps://repositorio.cefetmg.br//handle/123456789/1621
dc.language.isopt
dc.publisher.countryBrasil
dc.publisher.initialsCEFET-MG
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Estudos de Linguagens
dc.subjectComplexidade (Filosofia)
dc.subjectMotivação para Aprendizagem
dc.subjectAutonomia
dc.subjectAnálise de interação na educação
dc.subjectPrática pedagógica
dc.titleFractal de aprendizagem: motivação, autonomia e interação no ensino e na aprendizagem sob o paradigma da complexidade
dc.typeThesis

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