Programa de Pós Graduação em Administração - PPGA
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Navegando Programa de Pós Graduação em Administração - PPGA por Autor "Correia, Laíse Ferraz"
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Item A Influência da Propriedade Estatal na Divulgação de Informações sobre ESG por Companhias do Mercado de Capitais Brasileiro(Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, 2024-06-07) Costa, Daniel Pondé e Silva; Correia, Laíse Ferraz; http://lattes.cnpq.br/3555901127891549; http://lattes.cnpq.br/0784903004197941; Correia, Laíse Ferraz; Peixoto, Fernanda Maciel; Francisco, José Roberto deEste estudo analisa como a propriedade estatal influencia a divulgação de informações de ESG (environmental, social and corporate Governance) de uma amostra de empresas listadas na Brasil, Bolsa, Balcão (B3), para o período de 2010 a 2020. Elaborou-se um indicador de disclosure baseado em características da realidade brasileira para, em seguida, avaliar o impacto da propriedade estatal na divulgação de informações, por meio do método de regressão linear. Paralelamente, foi conduzida regressão logística para examinar se a propriedade estatal aumenta a probabilidade de divulgação de informações sobre ESG. No que se refere à regressão linear, a participação acionária estatal apresentou uma relação negativa e estatisticamente significativa com o volume de informações divulgadas. O tipo de participação (majoritária ou minoritária) guarda relação positiva apesar de não estaticamente significativa com a extensão de informações divulgadas. A forma de participação (direta ou indireta) revelou ter relação positiva e estatisticamente significativa com o nível de disclosure de informações ESG. A rentabilidade tem um impacto negativo e significativo no volume de informações ESG divulgado. O tamanho da empresa tem uma relação positiva e estaticamente significativa com a extensão da divulgação de informações sobre ESG. A alavancagem financeira tem um impacto positivo e altamente significativo na profundida de informações publicadas. Quanto à regressão logística, a participação acionária estatal não aumenta as chances de divulgação de informações sobre ESG. No entanto, o tipo de participação (majoritária ou minoritária) e as formas de participação (direta ou indireta) aumentam a probabilidade de companhias divulgarem informações de ESG. A rentabilidade não aparenta ter influência positiva na divulgação de informações de ESG. Empresas maiores têm maiores chances de publicação, ao passo que empresas mais alavancadas têm probabilidade menor de aderência à divulgação. Os resultados sublinham a complexidade das relações entre os diferentes elementos corporativos e a divulgação de informações ESG, apontando para áreas onde políticas e práticas empresariais podem, no âmbito do processo decisório, ser ajustadas para promover maior transparência e responsabilidade social. Ademais o estudo evidencia que a propriedade estatal em companhias pode estar alinhada aos interesses de todo o seu público-alvo, em sincronia com a teoria dos stakeholders. Para além da contribuição acadêmica quanto à literatura de finanças que, com frequência, aborda o disclosure de informações e seus efeitos no processo decisório, o contributo deste estudo reside em gerar insights sobre tópico comumente investigado internacionalmente e no campo privado, mas pouco explorado na esfera nacional e pública. Por último, as evidências encontradas nesta pesquisa podem fornecer subsídios para que novos trabalhos sejam conduzidos no Brasil, cooperando para o desenvolvimento do conhecimento acerca do fenômeno estudado, em prol de uma economia socialmente responsável.Item Ensaios sobre vieses cognitivos na tomada de decisão de investidores que ingressaram na B3 a partir de 2019(Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, 2024-05-16) Vianna, Melissa Cangussu; Correia, Laíse Ferraz; http://lattes.cnpq.br/3555901127891549; http://lattes.cnpq.br/4531093915399812; Assis, Lilian Bambirra de; Correia, Laíse Ferraz; Costa, Daniel Fonseca; Braz, Douglas Dias; Paiva, Felipe DiasA Economia Comportamental procura mapear e entender os fatores emocionais, sociais e psicológicos, conscientes ou inconscientes, que impactam nas escolhas do ser humano, na perspectiva de Kahneman. Neste sentido, o objetivo principal desta pesquisa foi analisar as heuristicas e vieses cognitivos presentes na decisão do brasileiro de aderir aos investimentos na bolsa de valores a partir de 2019. Para o alcance desse objetivo, foi necessário estabelecer um referencial teórico que sustentasse conceitualmente a pesquisa, sobre Mercado de Capitais, a Economia Comportamental e suas heuristicas e vieses, e o comportamento do investidor brasileiro no processo da tomada de decisão de investimento. Os resultados da pesquisa são explorados em dois artigos: no primeiro, foi feito o procedimento para validação do questionário "Behavioural biases affecting investors' decision-making process" de Jain et at. (2021) e, como resultado, identificou-se a relevância das diferenças sociais e culturais entre o Brasil e a India, que são um desafio para a validação de questionários entre países. Além disso, levantam-se discussões acerca das possibilidades das Finanças Comportamentais como teoria única para explicar as decisões financeiras. No segundo artigo, foi realizada a análise das respostas do questionário aplicado no Brasil por meio da aplicação de Machine Learning. A partir desse estudo, foi possível concluir que o gênero é fator determinante para definição de quais heurísticas e vieses o investidor está sujeito. O presente trabalho contribui para o campo de estudos da Economia e Finanças Comportamentais por se tratar de uma pesquisa com enfoque prático, suprindo assim um gap de pesquisa identificado pela literatura, além de trazer inovação por meio da aplicação de Machine Learning.Item Impacto da estrutura de capital e da política de dividendos sobre o valor de mercado das empresas abertas do setor elétrico brasileiro(Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, 2021-03-31) Silva, Lúcia Andréa Costa; Amaral, Hudson Fernandes; http://lattes.cnpq.br/3459819354945294; http://lattes.cnpq.br/4672057039272907; Amaral, Hudson Fernandes; Correia, Laíse Ferraz; Avelar, Ewerton AlexAs decisões de estrutura capital e de política de dividendos são tratadas pela teoria e evidência empírica de avaliação de empresas como fenômenos relevantes para a determinação do valor de mercado dessas empresas. Isso porque, o processo da tomada dessas decisões impacta o custo de capital próprio das empresas (custo médio ponderado de capital), o qual é utilizado no modelo de avaliação como taxa de desconto dos fluxos de caixa futuros. O setor elétrico necessita de uso intensivo de capital para financiamento das atividades. Diante disso, o objetivo desta dissertação foi verificar o impacto da estrutura de capital e da política de dividendos sobre o valor de mercado das empresas abertas do setor elétrico brasileiro negociadas na B3 no período de 2010 a 2019. A base teórica e empírica sobre precificação de ativos foi fundamentada a partir do CAPM, abrangendo os modelos fatoriais desenvolvidos posteriormente até o modelo de Fama e French (1992), utilizado como base empírica desta dissertação. No tocante a estrutura de capital e a política de dividendos iniciou-se pelos trabalhos de Modigliani e Miller (1958;1961) seguidos pelas principais teorias sobre os temas. Trata-se de uma pesquisa quantitativa, com amostra composta por 22 empresas. Os dados das empresas foram coletados na Bloomberg. Utilizou-se o modelo de regressão de Dados em Painel de Efeitos Fixos. A variável dependente foi o Retorno das Ações Ordinárias e as variáveis explicativas foram: Índice Market-to-Book, Tamanho, Índice Preço_Lucro, Beta, Alavancagem Financeira (proxy para Estrutura de Capital), Dividend Yield (proxy para Política de Dividendos), Preço de Liquidação das Diferenças – PLD e a Taxa de Remuneração de Capital Regulatório (WACC). Nos resultados, verificou-se uma relação negativa e com significância estatística a 5% entre a política de dividendos e o retorno das ações e uma relação positiva entre a Estrutura de Capital e os retornos, porém sem significância estatística a 5%. Destaca-se, ainda, a significância estatística das variáveis PLD (com relação negativa) e Índice Market-to-Book (com relação positiva) com os retornos médios. As demais variáveis não foram estatisticamente significativas a 5%. Como conclusão, os resultados corroboraram com as Teoria da Irrelevância da Estrutura de Capital de Modigliani e Miller (1958) e com a Relevância dos Dividendos de Lintner (1956) e Gordon (1959). Palavras-Item Relação do Excesso de Confiança com a Percepção dos Tomadores de Decisões do Setor Bancário sobre a Gestão de Risco(Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, 2023-09-13) Leite, Rodolfo Carvalho; Correia, Laíse Ferraz; Araújo, Uajará Pessoa; Correia, Laíse Ferraz; Araújo, Uajará Pessoa; Paiva, Felipe Dias; Costa, Daniel FonsecaO objetivo deste trabalho foi analisar como o viés excesso de confiança de profissionais do setor bancário brasileiro, envolvidos na tomada de decisão sob condições de risco, se associa às suas percepções sobre a Gestão de Riscos dessas instituições. Para o alcance desse objetivo, a discussão compreendeu a teoria e os estudos empíricos sobre os riscos inerentes ao mercado financeiro, gestão de risco em instituições bancárias e processos decisórios – teorias normativas e descritivas – por meio de uma abordagem quantitativa de caráter descritivo. A pesquisa se justifica na medida em que as instituições investigadas (os bancos), que são centrais no sistema financeiro, têm um papel importante para o desenvolvimento e estabilidade da nação e, também, porque elas vêm, diante do avanço tecnológico, lidando com novas ameaças, às quais deveriam ser incorporadas ao quadro de gestão dessas instituições. Para mensurar a percepção de Gestão de Risco e o Viés Excesso de Confiança, com consecutivo estudo da relação entre elas, empregaram-se duas escalas. A percepção da Gestão de Risco institucional entre os bancários foi mensurada através da escala da Macquarie University, que compreende quatro dimensões – Valorização, Desconsideração, Proatividade e Gerência. A mensuração dos níveis do viés excesso de confiança ocorreu por meio de um questionário com 21 questões dicotômicas, seguidas de mensuração do grau de certeza, conforme a perspectiva teórico-metodológica do trabalho Calibração de Probabilidades. Os resultados evidenciaram a presença do viés de excesso de confiança em bancários, além de uma percepção de valorização da gestão de riscos dentro das organizações, nas quais problemas e eventos de riscos são proativamente identificados e abordados; contudo, alguns problemas de riscos e violações de políticas ocasionalmente são ignorados, minimizados ou dispensados. Nessas organizações, o gerente imediato quase sempre é um modelo eficaz de comportamento desejável de gerenciamento de riscos. Por fim, não foram encontradas evidências de que o viés excesso de confiança tenha impacto significativo na percepção dos riscos e seu gerenciamento em profissionais do setor bancário. Dessa forma, não se corrobora a hipótese central deste trabalho, que propunha uma interferência negativa. Espera-se que este estudo contribua para além do enfoque tradicional de gestão de risco, ao investigar uma nova forma de risco à qual as instituições financeiras estão expostas. Ademais, espera-se ampliar as técnicas de avaliação de riscos através de uma visão botton-up da atual percepção da Gestão de Riscos.Item Uma proposta metodológica para a projeção de séries temporais no cálculo do custo de capital do setor brasileiro de distribuição de energia elétrica(Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, 2018-09-27) Silva, Lucas Machado Coelho; Correia, Laíse Ferraz; Amaral, Hudson Fernandes; http://lattes.cnpq.br/3459819354945294; http://lattes.cnpq.br/3555901127891549; http://lattes.cnpq.br/5819408346559100; Raad, Lucélia Viviane Vaz; Souza, Sílvio Alves de ; Souza, Antônio Artur deO processo de tomada de decisões financeiras dos investidores passa, primeiramente, por uma avaliação das condições de risco e retorno que são oferecidas pelo mercado. Investir implica escolher um projeto ou ativo em detrimento de outro. Nesse contexto, a estimação do custo de capital permitirá aos investidores tomarem decisões ancoradas na relação de risco e retorno adequada para um projeto ou ativo. O objetivo deste trabalho foi propor uma nova metodologia para a projeção das variáveis adotadas no cálculo do custo de capital do setor de distribuição de energia elétrica brasileiro. Para estabelecer o percentual de retorno que compense os investidores pelo risco assumido ao se investir no segmento de distribuição de energia elétrica, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) utiliza o Capital Asset Pricing Model (CAPM) juntamente com o Weighted Average Cost of Capital (WACC) como metodologia de cálculo do custo de capital regulatório aplicável nos Ciclos de Revisões Tarifárias Periódicas (CRTPs), que ocorrem em média a cada quatro anos. Para conduzir o cálculo do custo de capital regulatório, a ANEEL precisa definir, previamente, os parâmetros adequados para representar os componentes das equações CAPM e WACC. Adicionalmente, a ANEEL precisa projetar, com base em dados históricos, um valor para cada variável que represente a melhor estimativa futura do respectivo parâmetro. Atualmente, a agência reguladora determina, de maneira discricionária, a janela temporal para o cálculo da média ou mediana dos componentes da equação WACC. Entretanto, as séries temporais longas de alguns componentes não apresentam comportamento estacionário, ou seja, não apresentam média e variância constantes ao longo do tempo, assim como não mostram ausência de autocorrelação. Dessa maneira, a adoção da média ou mediana pela ANEEL para projetar valores pode não indicar a melhor estimativa para o custo de capital regulatório, visto que tais medidas estatísticas não levam em consideração alterações nas características das séries temporais. Considerando esse contexto, propôs-se a utilização de modelos de séries temporais – AR, MA, ARMA e ARIMA – pelo órgão regulador, que tratam, tanto as séries temporais estacionárias, quanto as não estacionárias, para calcular o valor dos componentes integrantes do WACC regulatório. O resultado da projeção das séries longas por meio de modelos de séries temporais indicou valores diferentes daqueles estimados pela ANEEL para o custo de capital regulatório. Apesar do valor médio do WACC real dos cinco CRTPs estimado neste estudo (10,0502%) ser maior em 0,8741% em relação ao valor médio do WACC real estimado pela ANEEL (9,1761%), os componentes projetados, assim como o WACC regulatório apresentaram maior oscilação ao longo dos CRTPs, enquanto os componentes e o WACC regulatório estimados pela ANEEL apresentaram um comportamento mais estável. A maior oscilação do WACC regulatório pode gerar incertezas no mercado e, consequentemente, afetar a percepção de risco dos investidores. Tal comportamento deve-se à captura das condições de mercado mais recentes pelos modelos de séries temporais propostos, enquanto o modelo utilizado pela ANEEL busca tirar a média dos ciclos econômicos passados, suavizando efeitos de mercado de curto prazo.