Navegando por Autor "Lopes, Sabrina Fernandes Pereira"
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Item Relações de gênero e sexismo na educação profissional e tecnológica: as escolhas das alunas dos cursos técnicos do CEFET-MG(Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, 2016-12-19) Lopes, Sabrina Fernandes Pereira; Gonçalves, Raquel Quirino; http://lattes.cnpq.br/3286747885641896; http://lattes.cnpq.br/0165195251357013; Raquel Quirino Gonçalves; Nanci Stancki da Luz; Antônia Vitória Soares AranhaÉ crescente a participação feminina na educação e no mundo do trabalho, porém esse fenômeno não acontece de forma proporcional à diminuição do sexismo. Na área da tecnologia, a representatividade feminina é bastante baixa e, parte da explicação, está na escola e na família que reproduzem papéis sexuados, atribuindo lugares específicos para homens e mulheres na esfera social. Assim, as mulheres tendem a se considerar mais aptas a desempenhar determinadas atividades em detrimento de outras e a partir daí traçam estratégias de vida mais compatíveis com o que consideram (ou são levadas a considerar) como mais adequado para elas. O ensino profissional técnico de nível médio ilustra bem essa realidade, pois, concentra um número crescente de mulheres em áreas hegemonicamente consideradas femininas. A pesquisa realizada no Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) analisa as escolhas de alunas a por determinados cursos em detrimento de outros. De ordem qualitativa, ela constou de um levantamento teórico-documental, tendo como fonte de dados empíricos os Censos Escolares do INEP e entrevistas semiestruturadas com alunas dos Cursos Técnicos em Hospedagem e Mecânica do CEFET-MG. Para a análise dos dados foi utilizado a Análise Crítica do Discurso à luz das teorias da Sociologia do Trabalho Francesa, de base marxista, ancorando-se principalmente nas obras de Hirata (1981, 2002, 2007, 2009) e Kérgoat (1989, 2007). Os resultados evidenciam deslocamentos e permanências na dinâmica das relações de gênero durante o acesso e permanência das meninas na Educação Profissional e Tecnológica. Destacam-se os preconceitos presentes nos cursos de maioria masculina e a continuidade da maior participação feminina em cursos relacionados às habilidades vistas como femininas. No entanto, há uma forte convicção das alunas sobre o acerto de suas escolhas e uma resistência à ideia hegemônica de que as áreas altamente feminizadas permaneçam desvalorizadas social e economicamente.