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As políticas educativas do CEFET-MG e os cursos superiores de tecnologia

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Data

2019-03-12

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Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais

Resumo

Cursos superiores de curta duração são comuns em muitos países. Hoje, eles são uma realidade como modalidade de formação profissional oferecida tanto pelas instituições públicas como privadas de ensino superior. Aparentemente, as políticas educativas que chancelaram a criação destes cursos, bem como os incentivam, consideram imprescindível “assegurar que a oferta desses cursos e a formação dos tecnólogos acompanhem a demanda do setor produtivo e as demandas da sociedade” (Catálogo Nacional dos Cursos Superiores de Tecnologia). Em outras palavras, essas políticas procuram formar trabalhadores com elevado nível de qualificação, mais adaptados às demandas destes setores e da sociedade, e, acrescentaríamos, atender jovens e mesmo trabalhadores já engajados no mundo do trabalho, seja na construção de seus projetos de formação profissional, seja nos seus projetos de capacitação, de qualificação, de requalificação e de mobilidade profissional. Ocorre, contudo, que uma dessas instituições, o Centro Federal de Educação Tecnológica (CEFET-MG) não apenas não oferece estes cursos como suspendeu o funcionamento dos dois cursos que mantinha, o de Tecnologia da Qualidade Industrial e o de Radiologia, ambos em perfeita consonância com as demandas do setor produtivo, com alta procura por jovens e trabalhadores e excelente avaliação do MEC. Passados mais de 10 anos, desconhece-se por completo os motivos que levaram o CEFET-MG a descontinuar os referidos cursos. Desconhece-se, ainda, a participação da comunidade na referida suspensão. Resta-nos, portanto, a questão: que políticas educativas conduziram a Instituição a suspender os seus Cursos Superiores de Tecnologia? Diretores da Instituição, professores e coordenadores dos cursos são ouvidos (entrevista-semiestruturada) na busca da compreensão das políticas educativas subjacentes às suas decisões, nos pressupostos teóricos que as suportam, no que diz respeito ao entendimento que possuem das relações de interesse curso/sociedade, curso/Instituição curso/setor produtivo e curso/indivíduos. A profissão do tecnólogo já se encontra definida por meio de decreto 2208/97. Também está reconhecida por meio da classificação brasileira de ocupações, nos Conselhos Profissionais. Ocorreram disputas internas junto à direção, sendo que, com a mudança de direção, ocorreu a mudança das diretrizes.

Descrição

Palavras-chave

Política educacional, Ensino superior - Universidades e faculdades, Ensino profissional, Educação tecnológica, Ciência e tecnologia

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