“Percurso museológico história de mulheres: vozes e silêncios”: olhares sobre a experiência numa formação de professoras/es da Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte

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Data

2020-04-29

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Editor

Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais

Resumo

Esta pesquisa trata da análise das experiências reflexivas de cinco profissionais da Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte (RMEBH) que participaram do Percurso Museológico História de Mulheres: Vozes e Silêncios, em 2014. Os espaços museais são lócus potencializadores de possíveis reflexões sobre as contribuições de mulheres e homens ao longo da história, possibilitando, consequentemente, discussões sobre as relações sociais de gênero para a seleção patrimonial, para a curadoria e para ressignificação de acervos e instituições. A experiência dos sujeitos em questão ilumina a singularidade da fruição nos museus e como ela é potente para formação da consciência crítica dos cidadãos, uma vez que possibilita democratizar – de certo modo – o conhecimento humano, ao passo que permite conexões entre as dimensões afetivas e cognitivas para que aprendizagens sejam construídas. Por conseguinte, a prática reflexiva da formação continuada deve ser instrumento para transformar da sociedade a partir de ideais de justiça, respeito à diversidade, solidariedade e igualdade de direitos. Metodologias diversificadas foram utilizadas nesta pesquisa, como pesquisas bibliográficas, entrevistas semiestruturadas e Análise de Conteúdo. Para fundamentação teórica três campos de pesquisa foram considerados, sendo a) formação de professoras/es; b) relações de gênero e educação e c) sociomuseologia de gênero, discussão recente no âmbito acadêmico e da prática museológica. A pesquisa mostrou que para que a RMEBH se tornasse uma Rede formadora de suas/seus profissionais, especialmente no tocante ao debate sobre as relações de gênero, muitas disputas e negociações foram realizadas. Mostrou também que embora a autonomia docente tenha sido considerada pela SMED/BH na proposição de um projeto que conectasse escola e museu para problematizar as relações de gênero, tal autonomia encontrou limites na burocracia escolar, na incompatibilidade dos tempos da escola e dos museus e no contexto atual de retrocessos e conservadorismo político que vem provocando muitos tensionamentos em relação à discussão sobre a temática de gênero e sexualidade na Rede. Além disso, discussões realizadas no âmbito das relações de trabalho apareceram nas falas dos profissionais, indo do debate sobre ser artista ou artesão aos desafios - até mesmo aos silêncios - das mulheres em determinados nichos do mercado de trabalho, ou mesmo pela discussão que perpassa os desafios da profissão docente.

Descrição

Palavras-chave

Secretaria Municipal de Educação - Belo Horizonte (MG), Administração, Professores - Formação, Mulheres - Trabalho, Escolas públicas - História

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