Competências profissionais na quarta revolução industrial: desafios para a formação em engenharia em Minas Gerais
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Data
2022-08-11
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Editor
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais
Resumo
São amplos os desafios para a educação, no ambiente da atual revolução industrial e especificamente na sua vertical da evolução tecnológica. Particularmente, os engenheiros da indústria brasileira sofrem com importantes limitadores para o seu desenvolvimento. Alguns não conseguem o devido sucesso, em um mercado que exige atualização de conhecimento constante, enquanto outros esbarram na copiosa oferta e disseminação da tecnologia, suscitando obsolescência dos profissionais. Apesar dos louváveis esforços na atualização da matriz curricular da formação em Engenharia, ainda existem escolas defasadas e sem direcionamento para o momento atual, permeado pelas atualizações e pela dimensão global da chamada Indústria 4.0. Este estudo procurou compreender as competências formadoras essenciais, técnicas e humanas, pensadas nos cursos de Engenharia, analisando o ensino profissional e tecnológico no Brasil e sua sintonia com as inovações, pilares da Quarta Revolução Industrial. Esse objetivo foi definido a partir da questão de pesquisa: Quais são as competências básicas para a atuação de engenheiros na indústria atual? Foram identificadas lacunas no ensino da engenharia disposto para a indústria do mundo presente, partindo-se do pressuposto de que a academia precisa fornecer um corpo técnico especializado, apresentando profissionais qualificados também no uso das artes empresariais como inovação, diagnóstico e proposição de ações. Os resultados indicaram que os profissionais e alunos procuraram formação complementar ao currículo de engenharia para poder desenvolver as competências requeridas pela sociedade atual. O método utilizado foi o estudo de caso, caracterizado por avaliação qualitativa, em organizações e escolas, por meio de uma entrevista semiestruturada e um questionário realizados com 15 estudantes e 15 engenheiros egressos das principais instituições de Minas Gerais. Verificamos como está o alinhamento entre a linguagem da empresa e aquela do mundo acadêmico. A sociedade empresarial demanda resultados práticos e rápidos, enquanto a academia deve ser competente e participar no desenvolvimento de instrumentos formativos amplos, eficazes e modernos. A partir deste estudo, dialogamos com as pesquisas anteriormente realizadas, sobre temas correlatos, e esperamos colaborar com as discussões acadêmicas e, consequentemente, cotizar-se para a construção do conhecimento sobre educação tecnológica, considerando suas possibilidades na formação técnica e, sobretudo, humana dos profissionais necessários para o sucesso do ecossistema: academia e indústria.
Descrição
Palavras-chave
Engenharia - Estudo e ensino, Trabalho qualificado, Inovações tecnológicas, Engenheiros - Formação, Industrialização - Brasil - 2010