Doutorado em Estudos de Linguagens
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Navegando Doutorado em Estudos de Linguagens por Autor "Alves, Mírian Sousa"
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Item A construção de narrativas visuais sobre o continente africano em Êxodos e Gênesis, de Sebastião Salgado(Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, 2021-12-13) Oliveira, Eliziane Cristina da Silva de; Moreira, Wagner José; http://lattes.cnpq.br/6728484056396293; http://lattes.cnpq.br/6208374814425949; Moreira, Wagner José; Persichetti, Simonetta; Bartolemeu, Anna Karina Castanheira; Maia, Claudia Cristina; Alves, Mírian SousaConsiderando a relevância do trabalho documental desenvolvido pelo fotógrafo Sebastião Salgado e sua relação com o continente africano ao longo de sua carreira de mais de 40 anos, essa pesquisa propõe uma leitura e a análise dos fotolivros Êxodos (2000) e Gênesis (2013) de forma e buscar elementos e subsídios que nos levem à compreensão de como se dá a construção de narrativas visuais sobre a África. Verificamos, a partir das construções discursivas ou das narrativas fotográficas, como o continente africano foi apresentado em cada uma das publicações, considerando que o próprio fotógrafo leva em conta, na elaboração de seus livros, a existência de uma linguagem fotográfica informativa, que se constrói a partir de eixos condutores que seriam a história que as fotografias contam e sua importância no conjunto ou contexto em que são editadas e publicadas. Para a parte da pesquisa relacionada ao objeto livro, trabalhamos com os conceitos de curadoria e edição e como essas ações, interligadas, também têm influência nas construções discursivas dessas narrativas que nos são apresentadas. Colocamos aqui a técnica fotográfica em diálogo com as técnicas e ferramentas da edição, abordadas para compreender a construção das narrativas no objeto livro. Utilizamos, ainda, em diálogo, as categorias solidariedade, afeto, belo discursivo e acontecimento. Essas linhas nos conduziram para encontrar as possibilidades de leituras destas obras e como elas participam da construção de imaginários circulantes sobre a África, que, ao final, percebemos não diferirem das demais narrativas sobre aquele continente e que, normalmente, chegam até nós em produtos informacionais ou em romances e filmes.Item A memória em movimento: Dancing at Lughnasa no teatro e no cinema(Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, 2019-05-31) Viana, Maria Isabel Rios de Carvalho; Menezes, Roniere Silva; http://lattes.cnpq.br/6078711231130970; http://lattes.cnpq.br/4276256422569031; Menezes, Roniere Silva; Tolentino, Magda Velloso Fernandes de; Souza, Eneida Maria de; Alves, Mírian Sousa; Maia, Cláudia CristinaRESUMO: É característica marcante da obra do dramaturgo irlandês Brian Friel a encenação da memória no palco. Dancing at Lughnasa é uma de suas peças classificada pelos críticos como uma ?peça de memória? por apresentar, assim como a peça The Glass Menagerie de Tennessee Williams, um narrador-personagem que narra eventos retirados de suas lembranças. A peça é também uma autoficção de Friel e apresenta traços autobiográficos do dramaturgo. Porém, a relação de Dancing at Lughnasa com a memória vai muito além da temática e passa a ser o procedimento e a forma do dramaturgo de fazer teatro à memória do próprio teatro, recuperando suas origens nos rituais e na tragédia e relendo elementos marcantes da fundação do Teatro Literário Irlandês. Dancing at Lughnasa não é apenas uma peça de memória, mas também diz respeito ao teatro que também é memória e dessa forma, pode ser considerado um texto metateatral na medida em que possibilita discussões sobre o gênero dramático, suas técnicas e seu funcionamento. Fazendo uma análise das noções de tempo, espaço e corpo na peça, elementos essenciais tanto para o teatro quanto para a memória, este trabalho pretende delinear a concepção de memória trazida por Friel e de que forma ela se relaciona com o teatro, dialogando com a tradição e ao mesmo tempo corroborando para uma ideia de comunidade diferente da imaginada pelos membros do Teatro Literário Irlandês. Como um texto dramático apresentado pela primeira vez nos anos 1990 com o objetivo de abrir o caminho do teatro Irlandês para o contexto internacional, pretendese também levar em consideração sua adaptação, oito anos depois, dirigida por Pat O'Connor, para o cinema hollywoodiano e o tratamento dado à memória local nesse suporte midiático que possibilita sua globalização. Da vida para a escrita, da escrita para o palco, do palco para o cinema, a memória enquanto repetição na diferença está em constante movimento e em processo contínuo de ressignificação no tempo e no espaço de acordo com os corpos e as comunidades envolvidas.Item A multidão, o comum e a autoria: Rosângela Rennó e o projeto multitudinário das imagens(Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, 2025-04-24) Silva, Reinaldo Ziviani da; Menezes, Roniere Silva; http://lattes.cnpq.br/6078711231130970; http://lattes.cnpq.br/7985867384251661; Soares, Leonardo Francisco; Fonseca, João Barreto; Lopes, Luiz Carlos Gonçalves; Alves, Mírian SousaA presente pesquisa tem seu foco na obra da artista Rosângela Rennó e nas circunstâncias que giram em torno do conceito de multidão. Primeiramente, buscou-se elaborar uma espécie de genealogia de sua forma de operar com coleções e arquivos imagéticos, fotográficos ou textuais verbais. Evidencia-se em seu empreendimento de ecologia da imagem uma ação arqueológica que mobiliza discursividades por meio de arquivos apropriados e recolocados em circulação. Num segundo momento, procurou-se aproximar esse processo criativo da artista da noção contemporânea de multidão, principalmente do ponto de vista adotado por Antonio Negri e Paolo Virno. Para tanto, norteou-se a pesquisa convergindo-a para a instalação Operação Aranhas / Arapongas / Arapucas (2014-2016). Além de dar o ensejo a pensar a multidão como estrutura coletiva não centralizadora que tem seus ecos na forma de Rennó pensar e configurar sua arte, traz à tona momentos importantes de manifestação política coletiva no Brasil – a Passeata dos Cem Mil (1968); o Movimento das Diretas e as manifestações de Junho de 2013. Vislumbram-se, assim, as circunstâncias para se confrontarem imagens e sentidos dos ataques a nossa frágil democracia em cenários diversos que se aproximam nas montagens de Rennó. Além disso, discutiu-se brevemente a relação entre a estrutura coletiva multitudinária, as condições de produção de um comum do ponto de vista cultural, bem como papel da arte nesse âmbito. Num terceiro momento, discute-se a relação entre dispositivos de controle, formação de subjetividades e a produção de formas coletivas comuns. Por consequência, buscou-se refletir a respeito das formas de elaboração artística e intelectual que, atualmente, questionam a autoria em sua forma individualizada. Identificando o trabalho de Rennó muito centrado nessa perspectiva, pode-se pensar na autoria coletiva por processos de apropriação como a formulação de uma atitude revolucionária. Compreende-se seu trabalho como a mobilização da multidão de imagens como uma rede de produção de significados contra-hegemônicos. Somando-se a esse tema, chega-se ao tema que permea toda essa pesquisa, o desafio da construção de uma comunidade, diante da diversidade de formas contidas na multidão.Item Por um cinema impuro: a violência e o trágico em As vinhas da ira e Onde os fracos não tem vez(Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, 2022-09-27) Assunção, Jefferson Domingos de; Moreira, Wagner José; http://lattes.cnpq.br/6728484056396293; http://lattes.cnpq.br/5582658713118846; Andrade, Ana Lúcia Menezes de; Pinto, Sabrina Sedlmayer; Maia, Cláudia Cristina; Alves, Mírian SousaEsta tese tem como objetivo estudar a adaptação criativa dos filmes As vinhas da ira (1940), de John Ford, e Onde os fracos não têm vez (2007), de Ethan e Joel Coen, respectivamente baseados nos textos As vinhas da ira (1939), de John Steinbeck, e Onde os velhos não têm vez (2005), de Cormac McCarthy. Isto se dará pelo viés de conceitos como “cinema impuro”, de André Bazin, e “criação”, de Gilles Deleuze, assim como outros conceitos trabalhados pelo filósofo Friedrich Nietzsche, por Deleuze (em sua parceria com Félix Guattari), por Roland Barthes e Umberto Eco. O intuito será pensar essas obras cinematográficas através de um olhar que observe os filmes como criações que se amparam no material literário no qual se inspiraram, mas que se tornam independentes dentro de outra arte, no caso, o cinema. Estes filmes, assim, ganham outras camadas de sentidos em suas significações alegóricas ao pensarem, violentado o pensamento de seu espectador, o mundo violento do capital.Item Redesenhar dispositivos, criar sentidos: cinema de grupo e práticas de cuidado junto a professoras(es) da educação básica sob a perspectiva dos multiletramentos(Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, 2023-11-14) Oliveira, Michel Montandon de; Ribeiro, Ana Elisa Ferreira; http://lattes.cnpq.br/7474445800716834; http://lattes.cnpq.br/2051644230081507; Mendonça, Márcia Rodrigues de Souza; Resende, Douglas Mosar Morais; Alves, Mírian Sousa; Moreira, Wagner JoséO laboratório Kumã é um projeto de pesquisa, ensino e extensão ligado ao departamento de licenciatura em Cinema e Vídeo da Universidade Federal Fluminense. Durante os períodos mais severos da pandemia de covid-19, o laboratório Kumã desenvolveu, de modo on-line, junto a professoras(res) da educação básica e discentes de licenciaturas, o Cinema de Grupo e Práticas de Cuidado, processo de criação e experimentação de linguagens pautado por aspectos éticos, estéticos e políticos do cinema (CID et al., 2022; MIGLIORIN et al. 2016; MIGLIORIN, 2014, 2015). O objetivo desta tese de doutorado é pesquisar as experimentações do Cinema de Grupo e Práticas de Cuidado junto a professoras(res) da educação básica e discentes de licenciatura, procurando identificar e descrever os processos de design, designing e redesigned de dispositivos de criação sob a perspectiva dos multiletramentos. A discussão teórica propõe modos de interseção entre os conceitos de multiletramentos e dispositivos (FAIRCLOUGH, 1995, 2001). Os multiletramentos dizem respeito às propostas de transformações e readequações nos modos de ensino e aprendizagem das línguas, linguagens e suas tecnologias diante das mudanças tecnológicas, sociais e culturais da contemporaneidade, levando-se em conta questões como diversidade cultural e linguística (COPE; KALANTZIS, 2000; BUZATO, 2009; MILLS, 2010; ROJO, 2012, 2020; PINHEIRO, 2016; BNCC, 2018, 2019; RIBEIRO, 2020; KALANTZIS; COPE; PINHEIRO, 2020). Já o conceito de dispositivo diz respeito à ordem dos discursos, em suas dimensões enunciativas, materiais e subjetivas (FOUCAULT, 2012; AGAMBEN, 2005; DELEUZE, 1996). A metodologia elege a pesquisa exploratória (GIL, 2020), tendo a geração de dados realizada ao longo do ano de 2022 por meio de grupos focais (LAGUARDIA et al., 2007; RESSEL et al., 2008; BACKES et al., 2011) e observação direta participante (YIN, 2001; DÖRNYEI, 2007; MÓNICO et al., 2017). As discussões descrevem e analisam os processos de design, designing e redesigned nos dispositivos minuto Lumière, fotografia narrada, filme haikai e filme-carta; os modos como esses processos estimulam a modulação de diferentes semioses – orais, escritas, audiovisuais, gestuais e espaciais – e como se dá a mediação das diversidades culturais e linguísticas nos grupos observados. As conclusões apontam que a criação de sentidos propiciadas pela experimentação com diferentes semioses, de modo coletivo, colaborativo e desidentificado, fomentou, nas professoras e professores da educação básica e discentes de licenciatura que participaram do Cinema de Grupo e Práticas de Cuidado, processos relevantes de ressignificação da prática docente.