Mestrado em Estudos de Linguagens
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Navegando Mestrado em Estudos de Linguagens por Autor "Bambirra, Maria Raquel de Andrade"
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Item A dimensão motivacional de experiências identitárias de aprendizagem e de uso de inglês como língua estrangeira(Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, 2019-03-20) Zanoteli, Marcia Cristina Bento.; Bambirra, Maria Raquel de Andrade; http://lattes.cnpq.br/2281336030427188; http://lattes.cnpq.br/7020340949226363; Arruda, Climene Fernandes de Brito; Villela, Ana Maria Nápoles; Lima, Carolina Vianini AmaralOs processos de globalização e de popularização da Internet têm afetado profundamente a aprendizagem e o uso do inglês como língua estrangeira (L2) no Brasil e no mundo (TAVARES, 2015). Partimos da hipótese de que existam novos motivos para aprender e usar o inglês nas trocas comunicativas diárias e que plataformas online de redes sociais, como o Facebook, por exemplo, apresentam-se como ambientes convidativos para pesquisas sobre linguagem de maneira geral (PAGE et al., 2014; DAVIES, 2015). Assim, o objetivo deste trabalho foi investigar os motivos pelos quais falantes não nativos de inglês buscam aprender e/ou usar a língua na era digital em que vivemos, através do evidenciamento dos componentes motivacionais presentes nas narrativas fornecidas pelos sujeitos desta pesquisa. O aporte teórico para essa investigação compreendeu contribuições da teoria motivacional em Linguística Aplicada, em sua perspectiva sócio-dinâmica, representada aqui principalmente pelos trabalhos de Gardner (2010), Dörnyei (2005; 2009; 2017), Dörnyei e Ushioda (2011), Dörnyei e Ryan (2015) e Bambirra (2009; 2016; 2017a; 2017b). Trata-se de uma pesquisa aplicada, cuja coleta de dados foi realizada na página Humans of All Accents, criada na plataforma de rede social Facebook para fins desta pesquisa. Narrativas de experiências e/ou uso de inglês como língua estrangeira foram analisadas por meio de categorias criadas com base em Dörnyei e Ryan (2015) e Dörnyei (2017), seguindo a metodologia de análise de experiências de aprendizagem de L2 proposta e consolidada no Brasil por Miccoli (1997- 2018) e associados. Os resultados indicam que as questões relacionadas às crenças e aos sentimentos dos aprendizes sobre si mesmos (autoconceito) destacam-se sobre as demais influências motivacionais. Esses aspectos identitários encontram-se profundamente contextualizados no tempo e no espaço por meio de eventos e/ou circunstâncias internos e externos a quem narra suas experiências (MICCOLI; BAMBIRRA s/d). Concluímos que a motivação, na qualidade de experiência dinâmica, é composta por experiências de diferentes naturezas que se aninham umas às outras (MICCOLI; LIMA, 2012), formando e expandindo teoricamente o que Dörnyei (2009; 2011) denominou constelações, conglomerados ou amálgamas motivacionais.Item Análise discursiva de narrativas de vida da pessoas com deficiência visual: (re)configurações identitárias e projeção de imagens de si(Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, 2019-09-26) Lopes, Márcio Torres Gotierre; Lessa, Cláudio Humberto; http://lattes.cnpq.br/0878316792233407; http://lattes.cnpq.br/7201308297643198; Xavier, Mariana Ramalho Procópio; Aoki, Raquel Lima de Abreu; Bambirra, Maria Raquel de AndradeNo presente trabalho mergulharemos no espaço íntimo dos sentimentos e das memórias, pois a narrativa de vida (ou narrativa de si) não representa a simples materialização da fala, mas, além disso, é a modelação do mundo, do outro e de quem toma a palavra. Por isso, a proposta central da nossa investigação é compreender o processo de transposição do dizer ao discurso por meio das narrativas de vida da pessoa com deficiência visual. As narrativas de vida, a Teoria Semiolinguística, a dimensão argumentativa, o ethos e as facetas identitárias são os marcos teóricos basilares deste estudo. Por meio de uma minuciosa reflexão, questionamos se as narrativas de si e as estratégias discursivas nelas mobilizadas permitem-nos observar a construção de uma moldura para as experiências vividas e a reconfiguração identitária dos sujeitos portadores de deficiência visual a partir do exame dos marcadores lingüísticos enunciativos evidenciados nos relatos. Para responder a essa indagação, será realizada a aplicação de 4 entrevistas semi-estruturadas direcionadas a pessoas com deficiência visual, com idade entre 20 e 65 anos. Com média de no máximo (uma) 01 hora de duração, as entrevistas serão gravadas e transcritas para a elaboração das análises dos dados. A entrevista abarcará seis temas específicos em que os entrevistados serão convidados a refletir e dissertar: vida (infância, adolescência e fase adulta), relacionamentos (relações afetivas), trajetória escolar e profissional, inclusão e acessibilidade, políticas públicas e o contexto social, histórico e cultural das adversidades. A nossa hipótese vai ao encontro da premissa de que o deficiente visual, ao assumir a direção da sua voz, transpassaria para a esfera dos sentidos e poderia ser capaz de produzir, por meio de um sujeito enunciador constituído, um discurso que manifestaria um posicionamento contrário às cristalizações estereotípicas, criando, por fim, marcas identitárias de resistência e de reconfiguração da sua imagem.Item Aprendizagem de inglês como língua estrangeira por design – desenvolvimento de multiletramentos(Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, 2019-03-20) Viana, Amanda Inês; Bambirra, Maria Raquel de Andrade; http://lattes.cnpq.br/2281336030427188; http://lattes.cnpq.br/5843856637552533; Azevedo, Eliane Marchetti Silva; Ribeiro, Ana Elisa Ferreira; Azeredo, Luciana Aparecida SilvaO final do século XX e o início do século XXI testemunharam grandes mudanças na forma como interagimos e nos comunicamos, em grande parte devido ao uso de tecnologia digital. Com a sua democratização, as maneiras pelas quais as pessoas passam a produzir sentido em suas práticas sociais também se modificam (KRESS, 2006). Nesse contexto, Kalantzis e Cope (2009) e Kalantzis e Cope (2010) acusam o surgimento da Geração Participativa nas escolas, em função da postura agentiva e autônoma assumida cada vez mais pelos estudantes, rompendo com o paradigma tradicional autoritário de ensino, centrado na figura do professor, segundo o qual ensinar é transferir conhecimento. Com o intuito de compreender a produção de sentidos feita atualmente por estudantes adolescentes no interior de Minas Gerais, propõe-se a realização desta pesquisa de natureza aplicada, abordagem qualitativa e orientação exploratória, proposta em formato de Estudo multicaso. Contamos com a participação voluntária de nove estudantes de inglês entre 12 e 16 anos, matriculados em um curso livre na cidade de Matozinhos/MG. A pesquisa empírica deu-se por meio da coleta de dois vídeos caseiros criados em inglês pelos participantes, em dois momentos - início e final do semestre letivo, bem como por meio da coleta de uma entrevista semiestruturada com cada um dos participantes ao final do semestre. Buscou-se identificar com essa análise: (1) como cada letramento manifestou-se nos vídeos; (2) se houve desenvolvimento dos multiletramentos pelos participantes e, em caso positivo, como e em qual fase da pedagogia do design isso ocorreu; e (3) se os participantes podem ser reconhecidos como pertencentes à Geração Participativa. Ao analisar comparativamente os vídeos 1 e 2, foi possível perceber que, de modo geral, na elaboração do vídeo 1, os participantes deixaram de observar as principais características do gênero perfil pessoal e as condições de produção textual em formato vídeo, privilegiando o modo de representação linguístico aos demais. Depois de vivenciarem os processos de conhecimento (COPE; KALANTZIS, 2012; 2015): 'experienciar', 'conceituar' e 'analisar', em que ouviram os colegas, os participantes produziram o vídeo 2, utilizando todos os outros modos de representação (KRESS; VAN LEEUWEN, 2006), de maneira mais equilibrada em relação ao uso do modo linguístico, superando, em maior ou menor medida, as deficiências da produção anterior. Finalmente, constatou-se que, no caso desta pesquisa, o que mais amplamente proporcionou o desenvolvimento de multiletramentos foi o processo de conhecimento 'analisar'. Foi por meio dele que os participantes consolidaram o conhecimento teórico construído nas fases de 'experienciar' e de 'conceituar'. Tal constatação parece evidenciar a importância singular que tem a reflexão na aprendizagem de uma língua estrangeira, conforme defendem, entre tantos outros, Arruda e Bambirra (2008) e Bambirra (2009). Ainda, foi possível caracterizar os participantes como representantes da Geração Participativa, uma vez que todos apresentaram pelo menos quatro das seis características que definem o conceito, conforme critérios de análise pré-estabelecidos.Item Língua inglesa e ensino bilíngue : uma análise dos Planos Pedagógicos de Ensino (PPE) de escolas da educação básica à luz de documentos oficiais brasileiros(Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, 2025-02-25) Amaral, Melissa Mourão; Ribeiro, Ana Elisa Ferreira; http://lattes.cnpq.br/7474445800716834; http://lattes.cnpq.br/9706918353629673; Tallei, Jorgelina Ivana; Bambirra, Maria Raquel de AndradeNesta pesquisa, voltada ao ensino e aprendizagem de língua inglesa, especificamente o campo do ensino bilíngue, busca-se analisar os principais adventos dessa modalidade de ensino no que tange à preparação das instituições para adequação ao documento oficial Parecer CNE/CEB nº 2/2020, de 9 de julho de 2020. Esse documento aborda as principais demandas do setor de educação bilíngue e estabelece alguns padrões e regras que deverão ser revistos e implementados pelas escolas de educação denominadas bilíngues. O cunho principal da pesquisa é realizar análises baseadas na averiguação dos documentos pedagógicos das instituições A e B, que serão capazes de responder a alguns dosquestionamentos trazidos ao longo da pesquisa. Esses questionamentos dizem respeito ao atendimento das normas e regras estabelecidas no documento em questão. Ou seja, de acordo com as análises que foram realizadas por meio dos planos pedagógicos de ensino e demais documentos comprobatórios da instituição, foi possível compreender a visão da escola e se o trabalho tem sido, de fato, ofertado dentro do escopo proposto pela legislação. Além disso, o documento também aponta algumas definições de que ainstituição não poderá se apropriar caso ela não seja considerada bilíngue dentro do escopo definido. Por fim, a pesquisa, será baseada nas definições trazidos pelo Parecer acerca da impossibilidade de algumas escolas utilizaremcaso não sigam as normas indicadas neste.Item Mecanismos de responsabilização enunciativa: estudo das modalizações no gênero Boletim de Ocorrência produzido em instância formativa(Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, 2019-04-24) Arantes, Rita Eloísa Pereira; Villela, Ana Maria Nápoles; http://lattes.cnpq.br/5289190156958505; http://lattes.cnpq.br/0320785925664919; Lopes, Maria Ângela Paulino Teixeira; Ribeiro, Luiz Antônio; Bambirra, Maria Raquel de Andrade; Pereira, Maria do Rosário AlvesO tema desta pesquisa é a subjetividade enunciativa. O seu objetivo geral é analisar, na materialidade do texto escrito, as marcas linguísticas responsáveis por explicitar avaliações ou comentários formulados acerca de elementos do conteúdo temático, com base na hipótese de que todo texto empírico é marcado por traços linguísticos representativos das decisões tomadas pelo agente-produtor, desencadeadas pela situação comunicativa. Para tanto, as unidades linguísticas modalizadoras foram analisadas como indícios das representações dos enunciadores, na elaboração do gênero textual Boletim de Ocorrência produzido em instância formativa (escola militar). Os textos que fizeram parte do corpus foram produzidos e coletados em duas etapas didáticas distintas: etapas de escrita e de reescrita. Para a análise dos dados, adotamos o quadro teórico e metodológico do Interacionismo Sociodiscursivo (BRONCKART, 1999, 2006, 2008), especificamente no que se refere ao terceiro nível da arquitetura textual, ou seja, ao nível dos mecanismos de responsabilização enunciativa. No percurso de análise, objetivamos: a) comparar os textos da etapa inicial com os da etapa final, para identificar se houve aumento, redução, manutenção ou ausência das marcas de modalizações lógicas, deônticas, apreciativas e pragmáticas; b) analisar os movimentos de aumento, redução, manutenção ou ausência das marcas de modalizações nos textos produzidos nas duas etapas, buscando levantar hipótese que justifique as decisões tomadas pelo agente-produtor; c) analisar as contribuições das marcas modalizadoras para a identificação do papel social que o agente-produtor desempenha no ato interlocutivo; d) elencar as estratégias de afastamento enunciativo encontradas no corpus e compará-las com as estratégias de aproximação desencadeadas pelas marcas linguísticas modalizadoras, a fim de obter outros dados que contribuam para o entendimento acerca do processo de construção do perfil social do agente-produtor. Observamos que os textos produzidos, na etapa final, registraram número maior de marcas linguísticas modalizadoras indicativas do perfil social desempenhado pelo agente-produtor no ato interlocutivo e, acima de tudo, forneceram dados importantes para entendermos alguns desdobramentos do processo de produção de um gênero textual (BO) cuja prática de escrita não era conhecida pelos alunos participantes da pesquisa, uma vez que eles ainda estavam em etapa de preparação para a efetiva prática do trabalho militar. Concluímos que as práticas de escrita e reescrita dos textos se mostraram eficientes no processo de construção das habilidades de escrita do gênero Boletim de Ocorrência e que há necessidade de implementar, na disciplina que trabalha o referido gênero, práticas de ensino que levem o aluno a empregar as modalizações como estratégia de produção textual.Item Motivação e autonomia na aprendizagem de inglês pelo uso deliberado de tecnologia digital no contexto da educação básica(Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, 2019-03-11) Corrêa, Débora Luciana; Bambirra, Maria Raquel de Andrade; http://lattes.cnpq.br/2281336030427188; http://lattes.cnpq.br/6825794050925651; Dias, Reinildes; Ribeiro, Luiz Antônio; Gonçalves, AlcioneNo cenário educacional nacional atual, o ensino de inglês procura, em certa medida, estabelecer uma integração com a tecnologia digital, o que leva a escola a pensar o estudante fora da sala de aula, ou seja, o seu papel na sociedade. Na medida em que a escola faz este movimento, ela facilita a aprendizagem, aumenta a expectativa e o sucesso dos estudantes, torna o currículo significativo e estimula o desenvolvimento de motivação, de agência e de autonomia (KALANTZIS; COPE, 2010). Desta forma, a aprendizagem se estende para além da sala de aula, ocorrendo em qualquer lugar e a qualquer hora (COPE; KALANTZIS, 2008). O aprendiz passa a ser agente do próprio conhecimento, conectando a aprendizagem às suas próprias experiências e interesses. Com o intuito de investigar a motivação de estudantes autônomos da educação básica, a partir de suas crenças e ações relativas ao uso de tecnologia digital para aprender inglês à revelia da escola, foi proposta a realização desta pesquisa de natureza aplicada, abordagem qualitativa e orientação exploratória, em formato de estudo de casos múltiplos. A parte empírica da pesquisa foi realizada na Escola SESI - Serviço Social da Indústria, uma escola privada de ensino regular da cidade de Sete Lagoas, com estudantes do Ensino Fundamental II e Médio, que manifestaram usar a internet fora do contexto escolar, como estratégia para aprendizagem de Inglês, e que aceitaram dela participar. Por meio de uma entrevista semiestruturada gravada, realizada com cada um dos participantes, foram levantados (1) as suas crenças relacionadas ao uso da tecnologia digital para praticar e/ou aprender inglês; (2) as suas ações nesse sentido e (3) os elementos motivacionais que emergiram dos dados, discutindo sua influência na provável aprendizagem dos estudantes. Foi possível perceber que a motivação e a autonomia são profundamente inter-relacionadas e que tal inter-relação reflete nas e é refletida pelas crenças dos participantes. Ainda, ficou demonstrado que os estudantes mais autônomos são também os mais motivados. Parece que a motivação dos estudantes aumenta à medida em que os estudantes obtêm sucesso em sua aprendizagem extraclasse, e que esse fato promove mais o desenvolvimento de sua autonomia.