Doutorado em Estudos de Linguagens

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Navegando Doutorado em Estudos de Linguagens por Assunto "Ambiente virtual de aprendizagem"

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    Entropia sociointerativa : da interação à evasão em ambientes virtuais de aprendizagem em um curso de formação inicial de professores de língua espanhola
    (Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, 2021-12-15) Gomes, Álvaro José dos Santos; Parreiras, Vicente Aguimar; http://lattes.cnpq.br/0572931273424168; http://lattes.cnpq.br/3209006279873697; Parreiras, Vicente Aguimar; Paiva, Vera Lúcia Menezes de Oliveira e; Leffa, Vilson José; Vetromille-Castro, Rafael; Coura Sobrinho, Jerônimo
    A oferta de cursos de formação inicial docente na modalidade a distância no Brasil teve um forte crescimento nas últimas duas décadas, resultado da expansão da rede privada de ensino e da maior presença da rede pública no segmento. Nesse contexto, a criação da Universidade Aberta do Brasil, em 2005, pelo Ministério da Educação, em parceria com a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior, teve por meta a democratização, a expansão e a interiorização do ensino superior — concentrado historicamente nos grandes centros urbanos. Com efeito, esse projeto educacional, levado a cabo por diversas universidades públicas, enfrentou grandes desafios para ser implementado, entre eles a deficiência da infraestrutura tecnológica para o desenvolvimento das aulas e os altos índices de evasão. Nas pesquisas realizadas pelos professores que atuam no curso de Letras Português e Espanhol, na modalidade a distância, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, havia indícios de recorrência dos fenômenos da interação como elemento de equilíbrio ou desequilíbrio na manutenção do grupo. Desse modo, frente ao cenário descrito, buscamos aprofundar nosso conhecimento quanto à relação entre a interatividade no ambiente virtual de aprendizagem e o fenômeno da evasão, objetivando compreender os padrões de interação que antecederam a desistência e verificando se a partir de tais movimentos era possível a sua predição. Este trabalho foi fundamentado em conceitos teóricos do paradigma da complexidade (HOLLAND, 1998; LARSEN-FREEMAN, 2007; MARTINS, 2008; MORIN, 2015, 2016; OLIVEIRA, 2011; PAIVA, 2002); dos sistemas adaptativos complexos (BERTALANFFY, 1973; LEFFA, 2016; PARREIRAS, 2005) e da entropia sociointerativa (VETROMILLECASTRO, 2007). A metodologia deste estudo foi orientada pela perspectiva qualitativa e baseada na pesquisa-ação, uma vez que o problema que se pretendeu sanar — qual seja, a evasão — originou-se dos desafios encontrados no contexto de sala de aula. Em síntese, foram analisados os fluxos de interações estabelecidas no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) durante dois semestres, em duas turmas de Letras, habilitação Português e Espanhol, nos polos de Bela Vista e Bonito, a fim de averiguar e aferir os três momentos da vida sistêmica, derivados da entropia sociointerativa, quais sejam: força entrópica máxima, resistência sistêmica e rendição sistêmica. Os procedimentos metodológicos usados na geração de dados incluíram ainda entrevistas semiestruturadas e relatórios analíticos. Usou-se para o tratamento e análise dos dados o modelo Curtis and Lawson na categorização das interações, e o software MAXQDA 2020 na análise de conteúdo. Os resultados indicaram que é possível a predição da evasão a partir da identificação das forças entrópicas. O volume inicial de interação dos evadidos foi bastante reduzido quando comparado ao volume dos grupos, o que evidenciou que as regras de baixo nível e as condições iniciais não surtiram efeitos significativos na emergência de novos comportamentos necessários para permanência de alguns membros. Outro achado refere-se à baixa interação no AVA que, segundo relato dos professores entrevistados, vem se convertendo em um repositório de atividades. Essa constatação sugere que a qualidade da predição da evasão deve estar associada, além dos movimentos de interação, às causas da evasão. Neste estudo, os principais motivos assinalados pelos participantes foram: pouca valorização da carreira docente, qualidade da infraestrutura tecnológica, domínio das tecnologias, baixa interação, currículo do curso, densidade das disciplinas, trabalho e dificuldades de adaptação à modalidade de ensino. Nesse sentido, inferimos que o problema da evasão pode ser mitigado se forem observados os movimentos interacionais dos acadêmicos no AVA ao mesmo tempo em que alterações no desenho do curso sejam feitas para promover condições iniciais mais significativas para aprendizagem e permanência dos alunos.
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    Por uma arquitetura pedagógica para a educação híbrida no IFES: adoção de um AVA para ensino de língua portuguesa, sob a perspectiva dos sistemas adaptativos complexos e da rede social na EPTNM
    (Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, 2020-09-30) Aurélio, Renato Pereira; Parreiras, Vicente Aguimar; http://lattes.cnpq.br/0572931273424168; http://lattes.cnpq.br/0139264188166274; Pinto, João Rodrigue Pinto; Ferreguett, Cristhiane; Paiva, Vera Lucia Menezes de Oliveira e; Pinheiro, Marta Passos
    No presente estudo, situado no campo transdisciplinar da Linguística Aplicada, procurou-se investigar as potencialidades das tecnologias digitais de informação e comunicação e da Educação a Distância para o ensino presencial, convergindo para a Educação Híbrida, tendo em vista os processos de ensino e de aprendizagem de Língua Portuguesa na Educação Profissional Técnica de Nível Médio. Neste sentido, reflete-se sobre a implementação de uma sala virtual — elaborada sob os parâmetros do Design Pedagógico — com seus aspectos interativos e multissemióticos, favorecedores das práticas educativas de LP. Partindo da descrição sobre a trajetória da EaD, identificam-se as características (recursos e modos de interação) em cada momento histórico, culminando com a condição ubíqua e pervasiva da Sexta Onda da EaD. Apresenta-se a contextualização da Era Digital e da cibercultura, que fundamentam a emergência da Educação Híbrida. Em seguida, discute-se sobre a importância da Educação Profissional e Tecnológica no Brasil, resgatando o papel social da Rede Federal, com a constituição dos Institutos Federais (incluindo o Ifes), como integrantes de um conjunto de políticas públicas para a democratização da educação, num sistema do qual faz parte o campus Montanha, em que foi realizado o estudo. Aborda-se, assim, sobre o processo de institucionalização da EaD e da Educação Híbrida na Rede Federal e no Ifes, caracterizando a existência de um modelo pedagógico relacional, que ampara uma Arquitetura Pedagógica para a Educação Híbrida identificada. Em seguida, são descritos alguns tipos de ambientes virtuais de aprendizagem, com foco na Plataforma Moodle, utilizada para a prototipação da sala virtual para o componente Língua Portuguesa no âmbito do 3º ano do curso Técnico em Agropecuária Integrado, ofertado no campus Montanha. Para isso, foi implementado o Projeto Linguagem e Tecnologias Digitais (PLTD), embasado na fundamentação do estudo sobre alguns referenciais curriculares que recomendam um ensino de linguagem e LP pautado nas tecnologias digitais e na Educação Híbrida, dentre os quais, as DCNEM (Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio), a BNCC e as Diretrizes Curriculares Nacionais para a EPTNM. A partir de uma abordagem qualitativa, foram aplicados os procedimentos do estudo de caso e da pesquisa-ação no desenvolvimento da investigação, seguindo a perspectiva criativa e colaborativa do Design Thinking e suas etapas. Nas avaliações sobre o PLTD, pelos stakeholders, foram contemplados os aspectos interacionais que caracterizam o AVA como um Sistema Adaptativo Complexo e como uma Rede Social. As interfaces geradas na Plataforma Moodle, sob as demandas de usabilidade, design gráfico e fatores humanos, foram analisadas sob esta ótica, considerando-se o referencial mobilizado. Os resultados da pesquisa apontam para uma utilização produtiva da sala virtual, tendo em vista a empatia dos professores do campus Montanha, bem como a aprovação da turma aludida e do respectivo professor de Língua Portuguesa, quanto à participação no PLTD. Com a apropriação da AP para a Educação Híbrida e do modelo pedagógico relacional, foi possível estabelecer um repertório teórico e experiências práticas de ensino de LP no contexto da Era Digital, que colaboraram para a compreensão dos aspectos multimodais de utilização da linguagem no ciberespeço, possibilitando, especialmente aos discentes, uma aprendizagem ancorada no letramento digital.